terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Os guardiões de kiara parte 21- por Camila Bernardini




Thorn e Juliano afastavam-se cada vez mais por entre a trilha. No caminho o cenário era belo para ser apreciado a luz do sol, coisa que nenhum dos dois poderiam mais fazer. As flores cobriam todas as árvores, eram pequenas e de várias cores e tamanhos.
- Aonde vamos?
- Quando chegou aqui em carpen, Merlin leu seus pensamentos e sabia onde queria vir. Talvez estando lá seja mais fácil para que suas lembranças voltem.
Mais alguns minutos pararam de frente para uma enorme caverna. Sua entrada estava coberta de plantas tornando-a quase invisível. Juliano seguiu para dentro. Não havia luz os iluminando ali. Thorn conseguia ouvir o barulho de água caindo, deduziu que a outra entrada poderia ser coberta por uma cachoeira.
- Juliano deu os anéis e pediu que ela os segurasse.
Thor os segurou firme na mão. Sabia que naqueles dois pequenos objetos estava a resposta do seu passado. Juliano encostou a mão em sua testa e disse:
-Irá doer um pouco, me desculpe.
Antes que ela pudesse responder sentiu as presas do vampiro perfurar seu jugular. A dor era intensa. Mas não era uma dor comum, era prazerosa. Diferente. A mesma que sentia quando Simona a mordia. Simona... A mente de Thorn estava confusa cheia de cenas desconexas vindo e voltando. A espada que ganhará de aniversário, Jade, o castelo de Abraxas, o passeio na praia com Phauno. As malekes. Kiara. O talismã. À noite na cabana com Simona, a amizade forte com Jasmine. Thorn então desmaiou. Permaneceu assim por algum tempo, até que recobrou os sentidos. Ao abrir os olhos viu Juliano a olhando.
- Eu me lembrei de tudo.
- Lembrou do que veio buscar aqui?
- O livro das sombras para saber para que servem os anéis.
- Thorn o livro está dentro dessa caverna. E somos nós os Godos que os protegemos. Peço que o veja, mas não o retire daqui como pretendia.
- Mas vocês...?
- Por isso as lendas terríveis a nosso respeito. Para que as pessoas temam e não busquem o conhecimento que estamos a anos protegendo.
- Prometo que deixarei aqui!
- Não se depender de mim- Phauno achou um jeito de fugir, enquanto jasmine tentava apaziguar mais uma discussão de Umberto e Simona.
- O que está fazendo aqui Phauno?
- Quero os anéis e o livro!
- Pensei que você havia mudado.
- Minha querida eu tentei... Mas o poder é um convite em aberto que me faz esquecer que tenho que ser bom.
- Você é um monstro!
- Sou menos que você que agora é uma vampira.
- Não irei te dar os anéis.
- Terei que te matar então!
Juliano disse:
- Antes de matá-la terá que matar a mim.
- Será um prazer.
Phauno com uma agilidade fora do comum retirou da mochila que carregava nas costas a retirou a espada de Thorn desferindo um gole certeiro no pescoço do vampiro.
- Nãooo!
Era tarde, o corpo e a cabeça de Juliano estavam separados e o vampiro tombava morto ao chão.
Lágrimas vieram aos olhos da fada- vampira.
- Onde conseguiu minha espada?
- Aprenda uma lição nunca deixe suas coisas jogadas por aí. Achei atrás de uma árvore. Vai me dar os anéis e os livros?
- Não sem lutar.
- Não quero machucá-la.
Thorn correu para o fundo da caverna. Quanto mais escuro tivesse, mas vantagem teria sobre Phauno, que tinha apenas a visão de um humano. Tentava por um plano em mente para conseguir derrotá-lo. Colou cada um dos anéis em uma das mãos nos dedos indicadores. Fechou os olhos para pensar e ouviu uma voz. Parecia a voz de um velho:
- Tome a espada dele e o mate.
A fada- vampira se assustou com a voz. Não queria matar Phauno, apenas imobilizá-lo. Escutou quando ele se aproximou estando há apenas alguns passos de distância. Surpreendeu, pois uma forte luz azul iluminou o local. A luz vinha dela mesma e apenas não conseguia controlar.
- Oras só! Está ai então? O que pretende Thorn? Destruir-me com essa luz?
Ela ficou imóvel, muda, incapaz de respondê-lo. Viu quando Phauno levantou mais uma vez a espada e preparava-se para golpeá-la. A espada, porém escorregou das mãos deles ferindo-há apenas um pouco no braço. Thorn usou de sua agilidade para alcançar a espada. Segurou-a firme enquanto a voz falava novamente com ela:
- Mate-o.
Sabia que seria incapaz de matá-lo. Viu que ele vinha mais uma vez em sua direção. Notou seus olhos que brilhavam intensamente mais do que o costume. Sentiu uma forte repulsa.
- Thorn, Mestre!
Reconheceu a voz de Merlin.
- Aqui!
Phauno a esmurrou, derrubando-a ao chão e recuperando posse da espada. Não foi rápido o bastante para que Merlin não visse a cena.
- O que está acontecendo aqui? Cadê o Juliano?
- Phauno o matou e quer me matar! Fuja daqui, antes que ele tenta matá-lo também.
- Como ousa matar nosso Mestre em nosso território?
Phauno tentou em vão golpeá-lo. Merlin tinha bons reflexos e se desviou. Arrancando a espada da mão do humano insolente que acabará de dar a si mesmo sua sentença de morte. Merlin o segurou com força e gritou:
- Vou levá-lo aos outros do clã. Eles decidiram o que fazer! Thorn precisa de ajuda?
- Daqui a instantes desço!
- Olha quando a vi pela primeira vez eu sabia o que procurava. Vou deixá-la sozinha. Espero que encontre o que deseja e saia! Leve seus amigos daqui, antes que eu mate todos!
Merlin correu desaparecendo. Thorn ficou sozinha na caverna. Sua pele arrepiou. Não tinha já tanta certeza se devia ler ou não o livro, mesmo assim decidiu procurá-lo. Tentaria ser o mais breve possível. Os guardiões de kiara já haviam perdido tempo de mais. Precisavam recuperar o talismã e mais do que nunca preservar os segredos do mundo paralelo em que viviam.

Os guardiões de kiara parte 20 - por Camila Bernardini


- Faz quase um mês que Thorn não retorna Jasmine. Temos que encontrá-la- Simona gritava como um louco tentando convencer de que podia ter acontecido algo de grave a guardiã líder.
- Simona caso ela ainda não tenha feito o que tinha que fazer, irá se sentir traída por eu levá-los até ela.
- E se ela realmente estiver precisando de ajuda? – Era Umberto que falava.
- Agora concorda comigo? Engraçado, pensei que bolas de pelo não concordassem com vampiros.
- È que vampiros nunca costumam ter razão sobre nada. Mas a questão aqui não é você. Deixe seu egoísmo de lado e vamos nos concentrar em Thorn.
- Egoísta?
- Sim, eu concordei que precisamos procurá-la e você fica ai pensando em uma forma de me atingir.
- Chega os dois!
- Ele começou- Disse Simona.
- Não me importa quem tenha começado. Acho que vocês estão bem grandinhos para que fiquem o tempo todo querendo mostrar quem é o melhor. Onde está a união que Kiara tanto nos pediu?
- Jasmine tem razão Simona. Vamos deixar isso para depois.
- Mini você tem que nos levar até ela. Sinto muita a falta de Thorn e estou com medo do que pode haver acontecido. Ela poderia pelo menos nos dar noticias não?
- Não sei...
Phauno que até aquele momento assistia a conversa em silêncio, lembrou que o anel muito bem poderia estar com Thor e queria logo tê-los em mãos.
- Concordo com os dois, devemos ir.
- Onde ela foi Mini?
-Para a floresta Carpen
- O que? – Simona ficou mais furioso ainda do que já estava. Como Thorn poderia ir sozinha para lá? E que diabos ela tinha que fazer em um lugar como aqueles? Estremeceu de pensar na idéia de que um dos Godos podia machucá-la.
Abriu a porta da cabana e já ia correr quando Jasmine gritou:
- Aonde vai Simona?
- Buscá-la agora mesmo!
- Deixe de ser impulsivo. Já que não tem outro jeito iremos todos juntos.
Os quatro se reuniram para partir. Começaram a caminhada quando viram uma forte luz e logo Kiara a frente deles.
- Meus guardiões cada dia estou mais enfraquecida sem meus poderes.
- Kiara nos desculpa. Thorn foi à busca de algo pessoal e acabou atrasando nossa verdadeira busca.
- Não me peça desculpa Jasmine. Não estou chateada com vocês por isso. E sim pela desunião. Quando não estão unidos, em sintonia os poderes de todos enfraquecem. Não podem vencer sem estarem juntos.
- Eu disse que devíamos ter ido atrás de Thorn desde o começo. – Simona respondeu com ar de que os outros deviam tê-lo escutado.
-Não Simona, Thorn precisava desse tempo sozinha. Quando os corações e as mentes de vocês estão ligadas, mesmo que estejam a distâncias enormes um dos outros, ainda assim permanecerão unidos. Mas quando mesmo a menos de centímetros juntos não se sentem bem na presença um do outro é por que algo vai errado.
- Quer dizer que devemos nos amar? – Umberto disse em tom frio e impessoal. Achando impossível sentir uma ligação com aquele vampiro. Ainda não entendia como Thorn podia amá-lo. Um pequeno sorriso disfarçado brotou de seu rosto. Vai ver que ela tinha cansado dele e fugiu. Não queria que eles a encontrassem. Vai ver nem estava na floresta do Godos.
- Somente quando acontecer novamente vocês vão saber do que estou falando Umberto.
- Thorn está bem Kiara? – Jasmine perguntou.
- Acho que vocês devem ir até ela.
- Ela precisa de nossa ajuda ou nos abandonou?
-Phauno, tenho certeza que Thorn já se mostrou ma ótima líder e nunca deixou nenhum de vocês para trás. Só com um motivo forte ela os esqueceria. E não por livre e espontânea vontade.
- O que quer dizer? – Simona perguntou desesperado.
Kiara desapareceu deixando a pergunta do vampiro sem resposta alguma. Jasmine abaixou a cabeça e já tinha a resposta. Thorn fora hipnotizada por algum dos Godos para que esquecesse o passado e permanecesse junto com eles. Seria difícil trazê-la de volta, mas teriam que tentar.

Os guardiões de kiara parte 19 - por Camila Bernardini




Thorn antes de partir por alguns dias chamou Jasmine de canto entregando a ela os anéis que surgiram ao despertarem o poder de tankanoreque. Não sabia ainda para que serviria o anel, mas estava com medo que eles caíssem em mãos erradas ou que o desejo de algum deles do grupo fossem tão fortes a ponto de fazer alguma loucura para obtê-los. Ela mesma toda vez que olhava para eles, sentia uma forte atração e um desejo inimaginável de possuí-los para seu uso próprio. Confidencio também a ela o motivo de sua viagem e pediu que todos os outros por enquanto não soubessem. Jasmine a compreendeu e prometeu cuidar de tudo enquanto fosse necessário que Thorn estivesse fora.
Thorn não pretendia ficar muito tempo longe. Ela queria mesmo um tempo livre, pois sabia que algo de estranho vinha acontecendo na personalidade dela. Era certo que as fadas mudavam de humor com freqüência, mas o dela parecia uma dinamite pronta a explodir. Tinha que se controlar ao máximo para não machucar ninguém com palavras que vinham o tempo todo a tona em seus pensamentos. Sentia-se confusa com Simona e triste por ele ter escondido a sua doença dela. Se ele não houvesse mentindo dizendo que estava tudo bem, muita confusão teria sido evitada. E ela não precisaria revelar segredos de Kiara na frente de todos para tentar salvá-lo. Não contou a ele que se ficou furiosa por isso. Na verdade não contou para ninguém que sua mente estava confusa. Ficou com medo dos outros guardiões acharem que ela estava perdendo a coragem e de que com isso eles ficassem com medo de nunca mais conseguir recuperarem o talismã. Pensava no que Jade estava tramando e qual era o verdadeiro intuito dela querer os poderes de uma Deusa. Sabia que o tempo podia se esgotar a qualquer momento e que logo talvez a busca deles fossem em vão, que seria tarde. Chorou, as lágrimas varreram um pouco da sua angústia, deixando à vazia. Nem percebeu que o sol havia se posto e que tinha voado durante horas. Não se sentia cansada, mas sabia que precisava dormir. Olhou para o chão, a imensidão da floresta Carpen, a assustou. Era ali o seu destino, pensou que levaria mais de um dia para chegar. Já estava ali e agora sentia medo do que encontraria pela frente. Silenciosamente pousou ao chão, com os olhos e ouvidos bem atentos, pronta para qualquer surpresa desagradável.
Carpen era uma das montanhas mais afastadas de Peruíbe, quase ninguém ia ali, pelo menos nenhuma das pessoas que conheciam suas lendas. Diziam que ali viviam muitos Godos, uma espécie de vampiros muito raros. Se a existência deles realmente fosse reais era a linhagem mais antiga de anciões vivendo na terra. Conta que eles conseguiam transformar qualquer outro ser em escravos apenas com o olhar. Assim tinham muitos humanos por perto para quando necessitassem se alimentarem. Alguns deles adquiririam o poder de qualquer outro ser místico quando provava do sangue. Sendo assim ninguém os desafiava e evitavam andar pelas redondezas dessa montanha. Thorn fora ali procurar algo além de vampiros, e sim uma caverna. Uma caverna na qual encontraria á resposta para os anéis. E só assim saberia decidir com certeza o que faria com eles. Dentro dessa caverna encontrava-se o livro das sombras escrito pelos ex guardiões de Kiara, que os esconderam para que ninguém mais pudesse ter o conhecimento de quão forte poderia ser os poderes e segredos da Deusa. Nem mesmo Kiara sabia com precisão tudo que estava escrito ali. Thorn só não sabia o que enfrentaria para poder pegar o livro em mãos. Imaginou que ele estaria muito bem protegido. Deslizou sua mão direita na bainha da espada que ganhara de Jasmine, a trouxe consigo para eventuais lutas.
A fada afastou os pensamentos e preocupações decidindo encontrar um lugar para descansar. Seria mais seguro se aventurar pela floresta a luz do dia. Não precisou caminhar muito para encontrar um lugar cheio de pedras, quase parecido com uma gruta. Decidiu deitar por ali mesmo e descansar.
Havia passado apenas duas horas desde que Thorn fechara os olhos para dormir, quando foi despertada por um intenso barulho que a assustou. Abriu os olhos atenta e levantou-se tão rápido que quase perdeu o equilíbrio. Viu um forte clarão em volta dela, e quando deu por si havia um homem na sua frente. Foi tão rápido o surgimento dele que a assustou. Ela o olhou, era alto, de uma pele tão branca que quase era transparente. Um vampiro. Era só isso que aquele estranho poderia ser. Thorn estremeceu. Não tinha medo de Simona por que o conhecia e de qualquer forma eram guardiões, podiam viver juntos. Mesmo que não tivessem se apaixonado essa era a sina, que caminhassem junto. Mas esse era diferente, cheio de histórias sombrias e de lendas que não tinha como ela saber se eram verdades ou não. Tentou não olhar diretamente aos olhos dele, afinal era sim que eles escravizavam, apenas com um olhar não era?
O vampiro riu. Certo estava de ler os pensamentos daquela fada. Achou-a muito corajosa de estar à noite, dormindo só naquela parte da floresta. Isso foi o que despertou mais a curiosidade dele. Sentia que a fada procurava algo de muito importante. Fora fácil encontrá-la ali, já que sentia o cheiro de outros da sua espécie. Enquanto caminhava com alguns de seu clã, sentiu o cheiro de outro vampiro e ficou curioso. Sem que os outros percebessem, saiu da trilha e foi em direção ao cheiro. Ficou surpreso ao ver que era uma fada. Uma fada-vampiro. Nunca ouvira falar nisso. Mas pelo que constava era isso mesmo. Só que ela ainda estava em fase de transformação. Enquanto observava o pequeno e diferente ser a sua frente, viu que uma árvore caía com um clarão de um raio. Mas um fato estranho, pois não chovia e não tinha sinal algum de tempestade. Olhou novamente para a fada e viu que ela acordava. Ficou com medo da reação dela, já que pessoas em transformação geralmente eram agressivas e atacavam tudo pela frente. Imagine uma fada então, que eram conhecidas pelo seu gênio indomável.
- Olá pequena. Qual seu nome?
- Thorn e o seu? – Ela responde rispidamente, ainda desconfiada da intenção do vampiro.
-Merlin. O que faz por aqui Thorn?
- Gosto de conhecer lugares novos.
- Está na cara que esta mentindo, mas por que confiaria em mim um vampiro? Ainda mais com todas as lendas que temos por aqui não é mesmo?
Merlin gargalhou muito, enquanto vasculhava os pensamentos dela. Já que a fada não fazia nada de importante. Não teria pressa de voltar para onde quer que tivesse que voltar. Seria bom tê-la no grupo e vê-la se transformar. Aproximou-se dela, pegando seu rosto entre as mãos. Os olhos dos dois se cruzaram por apenas segundos, tempo suficiente para que ela sentisse uma leve tontura e desmaiasse. O vampiro a pegou no colo e levou para que os outros pudessem vê-la.
Diego foi o primeiro a ver Merlin chegar com uma fada no colo. Ficou irado. Por que ele traria uma fada ali? E o que tinha feito com ela? Pelo visto queria que todos ali continuassem dando crédito aos boatos que corriam os quatro cantos do mundo.
- O que é isso Merlin?
- Oi! Bonita não é? È alguém diferente de mais para que eu não quisesse para mim.
- Só por ela ser uma fada não quer dizer que é tão diferente e por isso seja posse sua.
- Acho que esta errado.
- Então vai começar a colecionar seres místicos. Acho que Kiara não irá gostar.
- Ela é mais que uma fada.
- Ah sim, é! Estou vendo que ela tem presas e é uma sugadora de sangue.
- Ainda não. Mais vai ser.
- Você quer transformar uma fada em vampira?
- Eu não, alguém já fez isso.
- Como?
- Alguém andou tomando sangue da fadinha...
Diego ia fazer mais perguntas, quando notou que a fada estava de olhos abertos, e pela confusão em seus olhos notou que Merlin havia hipnotizado.
Thorn olhava para os dois confusa. Merlin a colocou no chão sem saber muito bem o que fazer. No fim já não sabia se tinha sido uma boa idéia trazê-la. A fada começou a estremecer.
- Esta com frio? – Diego perguntou.
- Um pouco.
Ele tiro seu enorme sobretudo preto e aveludado e deu para que ela vestisse. As mãos dos dois se tocaram e percebeu o quanto ela estava quente. Tinha febre. Ele ficou preocupado, embora nem a conhecesse, percebeu que era ao mesmo tempo uma pessoa frágil e forte. Era isso que transparecia em sua aura. Ficou chocado. Como alguém poderia transformá-la em vampira, mudando tanto assim sua natureza?
- Obrigada pelo casaco.
- Vi que os dois se deram bem. Vou terminar o que comecei na floresta. Já volto – Merlin falou um pouco irritado e já com ciúmes da sua descoberta estar dando mais atenção ao outro.
-Vai trazer o que agora? Um elfo? – Diego disse ironicamente.
Merlin não respondeu e com velocidade sai do campo de visão dos dois.
- Lembra seu nome?
- Não me lembro...e o seu?
- Diego. Não lembra nem o que veio fazer aqui?
- Não. Você sabe quem eu sou?
- Não, mas posso tentar ajudá-la a descobrir.
- Mas como?
- Por hipnose.
Thorn sorriu a ele. Sentiu confiança e ficou grata por ter alguém querer ajuda - lá. Já que não lembrava nada antes de acordar no do outro que acabara de sair. Ficou com medo, porém de tentar a hipnose e lembrar algo ruim. Não fazia idéia, vai que seu passado fosse obscuro, além do mais sentia um cansaço fora do normal. E o frio aumenta cada vez mais, a pele do seu corpo eriçava. Sua visão estava turva e sentiu que logo desmaiaria. Fechou os olhos e imagens estranhas e desconexas vieram a sua cabeça.
Um vampiro, uma bruxa e um lobisomm estavam sentados em volta de uma fogueira. O vampiro e o lobisomem pareciam discutir, enquanto a bruxa tentava acalmá-los. Uma voz então veio em sua mente como súplica: “Volte logo Thorn”.
Thorn desmaiou. Diego ao perceber o que acontecia conseguiu a tempo segurá-la para que não acabasse indo ao chão e se machucasse. Nunca vira uma fada antes, não sabia como proceder. Se fosse humana era só da um pouco de seu sangue a ela. Mas nesse caso estava paralisado sem respostas. Sentiu raiva da pessoa que fez aquilo. Um medo súbito de que ela morresse ali em seus braços fez com que agisse. Segurou-a firme no colo e a levou com toda a velocidade que pode a uma pequena e escura gruta bem ao fundo do coração daquela montanha. Antes que pudesse chamar que habitava aquele lugar, ouviu a voz:
- Entre depressa!
Dentro da gruta algumas velas iluminavam o lugar pequeno mais confortante.
- Olá Mestre!
- Coloque-a sobre aquelas almofadas.
Quem falava era Juliano, o vampiro mais antigo dos Godos. Muitos acreditavam que ele havia formado o clã. Era sábio, falava pouco e mal convivia com os outros. Juliana após anos de existência aprendera que a solidão era um mal necessário para encontrarmos o que realmente importava na sua vida. Pouco antes de Merlin encontrar Thorn dormindo, ele havia escutado o coração angustiado da fada que acabará de chegar. Sabia que além do que havia vindo buscar, essa viagem sozinha era para poder se encontrar e ter certeza do que realmente queria. Admirável alguém tomar essa atitude. Estar só geralmente faz com que tenhamos um real e verdadeiro tempo para pensarmos sem alguém interferir em nossas decisões. Ficou furioso ao ver que Merlin tinha utilizado seus poderes querendo transformá-la em um quase bichinho de estimação. Confessava que ficou surpreso ao ver que a curiosidade do vampiro era normal, quando sentiu que ela estava a passos de se tornar uma vampira. Fada vampira. Em mil anos de existência nunca ouvira falar em nada parecido. Quando leu os pensamentos de Diego e viu que ela queimava em febre preocupou-se, queria mantê-la viva.
- O que devemos fazer?
- Ela precisa de sangue. Se quiser eu posso doar um pouco do meu.
- Não Mestre! Deixe que eu dê meu sangue a ela.
- Você corre o risco do vampiro que estava tentando transformá-la ficar furioso.
- Correrei o risco. Não podemos deixá-la morrer. A pessoa que fez isso não se importou com o que aconteceria a ela, caso contrário não a deixaria sozinha.
- Não julgue as pessoas antes de saber quais são suas reais atitudes.
- Mas isso é tão evidente.
- Nem tudo é o que parece ser.
Diego ficou calado. Poderiam ter essa conversa em outra hora, o importante agora seria salvar a fada. Ajoelhou-se no chão, pensando em como faria isso. Lembrou de suas unhas afiadas e fortes e passou-as em um de seus pulsos até formar um corte não fundo, mas o bastante para que filetes de sangue começassem a escorrer. Se fosse verdade que ela já tinha presas apenas essa corte seria necessário para que ela se alimentasse.
Encostou gentilmente seu pulso aos lábios dela. Thorn inconsciente ainda sentiu um gosto meio salgado tocar seus lábios, mas ao mesmo tempo um gosto tão prazeroso que parecia dar vida a ela. Uma corrente de energia começou a fluir do seu corpo, nem percebeu que estava desperta e que seus dentes afiados estavam cravados no pulso de um vampiro. Teve uma nova visão.
- Simona!- sussurrou baixinho enquanto lágrimas rolavam ao rosto. Não sabia o porquê esse nome causava tristeza a ela. Isso a angustiou e fez com que o choro aumentasse consideravelmente.
Diego delicadamente tirou o pulso de seus lábios e deitou ali do lado dela. Quem se sentia fraco agora era ele. Embora quisesse fazer muitas perguntas, adormeceu incapaz de dizer uma única palavra.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Os Guardiôes de Kiara - parte 18 - por Adriano Siqueira









-THOOOOOORRRRRRRRRRRRRRRRRRRNNNNNNNN!!!!!!!!!




Simona gritava insandescido dentro da pousada onde estava descansando.


O barulho dos móveis se quebrando era ouvido a quilômetros.




Jasmine corria para dentro da pousada quando é agarrada por Umberto que adverte.


- Eu não Entraria ali.


- Mas ele precisa de ajuda! Ainda está fraco. Respondia Jasmine se soltando do Umberto e entrando na pousada. Ela vê Simona com as mãos na cabeça, clamando o nome da Thorn como um mantra.


Umberto e Phauno entram em seguida e avisam Jasmine.


- Ele não está bem ainda Jasmine. Pode nos atacar. Uma vergonha para um ser que agora tem parte do meu sangue! - Comentava Umberto insatisfeito.


- Não! Ele não vai atacar. Ele só quer saber aonde a Thorn está. Dizia Jasmine colocando a sua mão no ombro do Simona.


- É uma boa pergunta... Afinal ela sumiu faz uns 7 dias. argumentava Phauno.


- Ela me disse onde está... mas pediu para não contar ainda. Vocês só precisam saber que é importante que ela faça o que fez. Tenham certeza que é para o bem dela e do grupo.


- Que ótimo! uma lider que abandona a todos. - Comentava Umberto sorrindo.


Jasmine se levanta e fala bem perto do Umberto.


- Tenha certeza Umberto, que ela jamais abandorania ninguem se não fosse preciso. Algumas coisas, não dependem só da decisão dela. Peço que respeite isso. - Falava Jasmine preocupada com a situação. Ela deita o Simona no seu colo.


- Vai ficar ai dando colo para este vampiro? Umberto pergunta.


- Não vejo problema nisso Umberto. - Jasmine passa a mão nos cabelos do Simona e sorri. - Acho que virei mãe.


Umberto olha para Phauno e os dois saem da pousada. Enquanto Jasmine cuida do Simona os dois olham para a floresta e Phauno pergunta.


- Por um acaso Umberto você sabe com quem está os anéis que a Thorn pegou?


- Não me interesso por bens materiais e mesmo que eu soubesse não lhe diria. Sei que o seu interesse é nefasto. - Respondia Umberto friamente.


- Preciso descobrir qual é o poder que aqueles anéis podem ter. salientava Phauno.


- Se os anéis tem o poder de mantê-lo longe de mim eu até me interessaria - Concluia Umberto caminhando para longe do Phauno.



Dentro da pousada Jasmine fala com Simona.



- Sei que é complicado Simona, nessa situação eu nem sei o que te dizer!


- Não precisa me dizer nada Jasmine... apenas quero ficar aqui quieto. Você me deu a segurança que ela está bem e isso é o que importa. obrigado por me ajudar neste momento. Porém, eu queria ao menos estar perto dela.


- Simona... Lembra o que aconteceu com a mulher de Tanaran?


- Tanaram. O povo que existia em Mato Grosso? - Lembro mais ou menos.


- Eles eram um povo feliz, onde os homens viviam caçando pela mata, e ficavam dias sem voltar para a aldeia até que um dia, uma mulher que amava muito um caçador foi atraz dele pois ela não aguentava mais ficar longe do seu amor.


- Ela o achou? Perguntava Simona curioso.


- Não Simona! Ele a achou primeiro... Ela fez muito barulho nas folhas e o homem que ela amava pensou que era uma caça e atirou a lança atravessando o seu peito.


- Que trágico.


- Por isso devemos respeitar o caminho de cada um. As obrigações, o momento certo de estar perto. Isso pode compensar pela eternidade.


- Jasmine você é tão sábia que as vezes acho que é você que é a lider.


Jasmine ri e diz.


- Eu lider? Não conseguiria mandar nenhum amigo meu para uma batalha. Não sirvo para ser lider. Prefiro ser livre e deixar este papel para Thorn.


Simona se levanta mas sente um pouco de tontura. Jasmine o segura e adverte.


- Acho que você precisa de sangue...Vou ver o que posso fazer. Fique aqui deitado.


Jasmine sai para encontrar Umberto.


- De jeito nenhum! - Umberto diz prepotente. Um lobisomen da minha linharem jamais iria caçar um animal para um vampiro. Eu me recuso a fazer tal coisa! Eu...


- Por favor Umberto. Já é dificil ficar sem a Thorn por aqui e o Simona precisa da gente. Somos uma equipe.


- Está bem! Eu vou... e que meus irmãos lobos jamais saibam deste dia.


Phauno se aproxima de Jasmine e pergunta.


- Por um acaso você não viu um par de anéis por ai?


Umberto interrompe.


- Phauno! Você vêm comigo!


- Mas que droga lobo! Eu não sei caçar!


- Eu vou ensinar.


Enquanto os dois caminham em direção a floresta Jasmine abre a sua bolsa e Pega os dois anéis e diz.




- Thorn... Volte logo... Eles precisam de você!





domingo, 7 de setembro de 2008

Os Guardiôes de Kiara - parte 17 - por Adriano Siqueira


Enquanto Jasmine, Umberto e Phauno voltam para levar Simona até Marchesy, Thorn cuida do Simona dentro da pousada.


- Simona. O que foi que você me escondeu? - Dizia Thorn preocupada.

Simona estava inconsciente e queimando em febre. Thorn ouve passos e vai até a janela verificar o que estava acontecendo. Eram os guardas de cristal que estavam verificando pistas sobre os Guardiôes de Kiara. Thorn respira Fundo e diz:

- Como se não faltasse problemas!


Um guarda se aproximam da porta e eles escutam um gemido de Simona. Ele alerta todos os guardas e eles se preparam para atacar a pousada. Quando eles abrem a porta são atacados de surpresa pelas bolas de energia da Thorn.

- Odeio Cristais, Prefiro Diamantes!

Thorn Continua atirando e vários guardas são destruidos pelo seu poder. Ela voa e pega um tronco e quebra vários soldados com a sua força.

Finalmente ela consegue sozinha derrotar um batalhão.

Quando o resto da equipe chega eles veêm muitos cristais quebrados. Jasmine abraça Thorn enquanto os outros dois comentam.

- Isso me lembra pra nunca deixar a Thorn Furiosa. - Conclui Phauno.

- Uma pena que tanto poder se torna desperdiçado quando se trata de salvar um vampiro. Salienta Umberto.

- Eu ouvi Umberto! Saiba que eu faria o mesmo por você! Adverte Thorn.

- Claro que faria. Diferente do Simona, sou útil para a equipe.

- Repete! Thorn anda em direção do Umberto, mas Jasmine a segura e comenta.

- Precisamos levar Simona para Marchesy!

- Simona? Para Marchesy? Não levo não!

- Não precisa querida... Já Estou aqui!

Marchesy declara enquanto os seus soldados vampiros cercam o local. Todos eles usavam como arma apenas punhais.

- Acha que seus soldados armados com lâminas podem nos derrotar? - Pergunta Thorn.

Rapidamente Justine abre a sua bolsa pela uma raiz e faz um encanto atirando no Umberto. Assustado com o impacto do feitiço ele pergunta:

- O que foi isso que jogou?

- Vai saber logo. - Responde.

Marchesy levanta as mãos em direção ao céu e proclama:

- Todas as criaturas noturnas obedecem aos vampiros e eu ordeno que ataquem os Guardiões.

Vários animais noturnos, morcegos, corujas e lobos aparecem da floresta para ataca-los.

- Agora eu entendi porque me jogou um feitiço. - Diz Umberto. - Sou também uma criatura noturna.

Umberto corre com a sua velocidade de lobo e ataca facilmente os soldados vampiros mas marchesy puxa uma faca de prata do seu cinto, joga e acerta em cheio as costas do Umberto. Ele cai inconsciente.

Thorn atira as bolas de energia. Ela sabe que os vampiros são sensíveis a luz. e eles recuam.

- Vamos para dentro da pousada - Gritava Jasmine.

Phauno Carrega umberto para dentro e Jasmine cuida dele.

Thorn Pergunta.

- Quanto tempo vai demorar para ele acordar.

- Horas! Responde Jasmine arrancando a faca da suas costas.

Marchesy reune seus soldados e adverte aos guardiões:

- Vocês tem pouco tempo para me entregar Simona.

Thorn tem que pensar rápido. Ela sabe que eles estão em desvantagem. Ficou um tempo pensando e logo respondeu:

- Temos algo mais valioso do que o Simona. Se entregarmos prometa que nos deixará em paz.

- O que é tão importante? - Questiona Marchesy.

- Eu e o Phauno somoss guardiões de um segredo que pode destruir este mundo.

Phauno olha para a Thorn e adverte:

- Perdeu o juizo Thorn. Não podemos entregar isso para uma vampira. Além disso precisamos da Marchesy para curar Simona.

Thorn responde:

- Quando vocês foram atras da Marchesy eu deduzi porque precisavamos dela. Ela não é a única cura do Simona. Deveria ter me dito Phauno. Não estariamos nesta encrenca. Agora me dê a sua mão.

Pensativo Phauno segura a mão de Thorn ela dá o sinal e ele profere as palavras necessarias. Logo em seguida uma grande energia aparece diante deles.

- Esta energia é o despertador de Ragnarök. O monstro que está dormindo no centro da terra... Se ele despertar será o fim dos dias. - Responde Phauno.

- Passe-me está energia agora. Eu comandarei o mundo.

- Pense o que está fazendo Thorn! Vai sacrificar o mundo em troca de um vampiro?

Thorn olha para Justine. Ela ja havia cuidado do Umberto. Então pergunta.

- Existe algo nesta bolsa para mudar esta energia?

- Talvez sim mas eu nunca vi esta energia antes...

- Vamos ter que arriscar.

Thorn abre a porta e joga a energia para Marchesy e seus soldados e dá o sinal para Justine proferir o encanto. Justine joga o feitiço que acerta a energia... Ela se espande como uma bomba.

Depois de um clarão. Thorn vê que todos os vampiros se transformaram em cinzas.

No lugar da esplosão estavam dois pequenos anéis de cor branca. Thor pega os anéis e guarda com ela.

Umberto acorda. Não entendia bem porque ele estava sentado ao lado do Simona. Justine estava passando o sangue do Umberto para o vampiro. Ele se enfurece.

- Não acredito que meu sangue real dos lobisomens está indo para um vampiro?

- Está era a salvação do Simona. As propriedades que ele precisava para se curar também está no sangue de um lobisomem. - Respondia a Thorn.



Continua....

domingo, 3 de agosto de 2008

Os guardiões de kiara - parte 16


Os Guardiôes de Kiara - parte 16 - por Adriano Siqueira


- Do que esta Falando Phauno? – Jasmine pergunta intrigada.
- Simona está com o sangue envenenado por causa de alguma substância que existe no sangue da Thorn.
Umberto se aproxima e complementa.
- Se isso for verdade porque ele ainda toma o sangue dela?
- A propriedade também vicia. Além disso, Simona não quer dizer para a Thorn o que está acontecendo.
- Eu nem imagino o que a Thorn faria se soubesse. – Conclui Jasmine.
- Acho que o sangue de vampiro pode curar o Simona, mas eu não conheço outro vampiro.
- Marchesy A vampira. Vive nas montanhas aqui perto. – Comenta Umberto.
- Esperem ai! – Interrompe Jasmine. – Qual seria o seu preço caso ela seja a cura?
Todos ficam em silêncio. O sol já estava aparecendo. Thorn sai da pousada e deixa Simona dormindo ela olha para os seus amigos e sorri.
- Acho que vou dar uma volta. Simona não vai acordar até o anoitecer.
Eles olham para a porta onde Simona estava dormindo e escutam um barulho e logo em seguida os raios do Sol já invadiam toda a floresta. Todos olham curiosos com o barulho e logo Simona aparece na porta dizendo:
- Espere Thorn. O Sol começa a passar pelo corpo do Simona. Todos olham impressionados. O vampiro não se fere com os raios solares.
Thorn é a primeira a falar:
- Simona... Como é possível?
- Não sei Thorn! Parece que estou imune aos raios solares.
Umberto acrescenta:
- Já é complicado ter a presença do Simona de noite e agora vamos ter que agüentar ele de dia também?
- Vamos ter um vampiro bronzeado! - Comenta Phauno.
- A propriedade que está matando o Simona pode estar mudando as fraquezas do vampiro. – Jasmine adverte.
- Mas a que preço? – Ele pode morrer a qualquer momento. Phauno lembra.
Simona olha para Thorn e a convida para passear na floresta a luz do dia. Thorn aceita.
Jasmine Umberto e Phauno se reúnem para achar uma solução.
- Kiara não pode saber disso Phauno. - Conclui Jasmine. – Ela vai sacrificar o Simona para poupá-lo dos sofrimentos que virão.
- Pelo que vi, Simona esta perdendo seus poderes. Esta debilitado logo Thorn vai descobrir isso. Temos que falar com Marchesy uma transfusão do sangue de uma vampira pode curá-lo. A propriedade que falta é uma enzima que protege o corpo do Simona de envenenamento. Acho que só os vampiros tem esta enzima. Quem saberia dizer com certeza é a Thorn já que os seus conhecimentos sobre os elementos é bem apurado. - Dizia Phauno.
- Mas quem vai perguntar para ela? Eu não vou. Além disso, ela vai querer saber porque! E ela sabe quando alguém mente.
Jasmine interrompe a conversa e diz:
- Está certo então vamos atrás dessa vampira é o que podemos fazer no momento.

Enquanto isso Thorn passeia com Simona pela floresta. Eles andavam com as mãos dadas e Simona para por alguns instantes e olha a Thorn.
- Sempre quis vê-la á luz do dia Thorn. Você é linda.
Thorn sorri e flutua um pouco com as suas asas. Simona tenta alcança-la mas percebe que o seu poder de vôo estava bem enfraquecido. A falda percebe e pergunta.
- Simona? Você est bem?
- Acho que os raios do Sol enfraqueceram meu poder de voar. Vou sentar um pouco.
- Simona... Tem certeza que está bem?
Thorn vê que Simona estava cansado. Ela senta ao seu lado. Simona conversa com ela.
- Lembra Thorn. Que uma vez eu peguei na sua mão e fiquei admirado por saber que uma fada tinha as mãos mais macias que já toquei.
- Simona... Lembro sim! Você ficava olhando a minha mão. Parecia até que foi a primeira vez que tocou em uma.
- Deixa eu mostrar uma coisa pra você Thorn.
Simona pega a mão de Thorn e coloca o seu dedo indicador em uma pedra.
- Agora destrua a pedra Thorn.
- Só com um dedo?
- Sim.
Thorn força o dedo, bate algumas vezes mas não a pedra nem se move.
- Não consigo.
- Eu sei... agora veja isso...
Ele segura a mão dela novamente deixa a mão aberta. Ele começa a contar os seus dedos e diz:
- O primeiro é a Thorn, depois sou eu e o terceiro é a Jasmine depois vem o Umberto e o mindinho é a Kiara. A união de todos, forma esta mão.
Ele fecha a mão da Thorn e pede novamente.
- Soque a pedra Thorn!
Thorn da um soco na pedra e ela se quebra em varias partes.
- Este é nosso poder Thorn. Sozinhos... Não somos nada. Não fazemos diferença, mas Juntos, podemos conquistar tudo que queremos. Podemos realizar até sonhos.
- Foi você que nos abandonou Simona.
- Eu sei Thorn. Sabe... As vezes é melhor sumir em um presente perfeito do que ir para um futuro sem esperanças.
- Achar que só você vai se machucar quando ir embora é um pensamento egoísta. Alem disso quem ama não abandona. Não importa se é para o bem do amado. Quem decide isso são os dois... entende... – Thorn pega na mão do Simona e olha diretamente nos olhos de Simona. – Juntos Simona. Descidimos juntos tudo isso. Você promete?
- Sim Thorn... Eu prometo. Você aceita?
- Aceita o que?
Simona ri por alguns instantes e depois complementa:
- Depois que tudo isso terminar. Você vem morar comigo? Sabe ficar juntos. Cuidar um do outro. Dormir todos os dias agarrado.
Thorn olha para Simona e ele estava tremendo de frio e suando muito. Ela coloca a mão na cabeça dele e vê que ele está com febre.
Simona você não está bem. Venha sente aqui.
- Sabe Thorn poderíamos viver nas montanhas. Sei que pode andar de dia e agora eu também. A noite p-p-poderiamos f-f-icar junt...
Simona desmaia. Thorn fica chacoalhando o vampiro.
- Simona! Simona acorda!


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Jasmine, Umberto e Phauno chegam nas montanhas perto do local onde Marchesy morava.
Phauno questiona:
- Quem vai falar com a vampira?
Jasmine olha para os dois e eles não dão a resposta. Então ela aceita falar com ela.
Eles batem na porta que estava entreaberta. A vampira estava sentada em uma poltrona. Segurava uma taça de vinho.
- Entrem! Adoro receber visitas.
Jasmine vai direto ao assunto.
- Um vampiro chamado Simona precisa do seu sangue! Ele foi envenenado e só o seu sangue pode curá-lo!
A vampira Marchesy dá um sorriso e responde.
- Então Simona está aqui? Meu vampirinho ainda gosta daquela fada?
Eles se olham e Jasmine exige uma resposta rápida.
- Vai ajudá-lo ou não?
- É claro que vou. Podem traze-lo depois da meia noite.
Os três concordam e saem rapidamente da casa da vampira. Ela se levanta e vai ate a porta e diz:
- Finalmente o Simona será meu.
As palavras pronunciadas seguem com uma risada que ecoa por toda a casa.

Continua...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Os Guardiões de Kiara parte 15 – por Adriano Siqueira

Os Guardiões de Kiara parte 15 – por Adriano Siqueira



Simona e Phauno estavam deitados e sozinhos, separado dos demais.

Os ouvidos apurados de Simona percebem movimentações estranhas no lado de fora.
Ele se levanta rapidamente. Seguido pelo Phauno que pergunta:
- O que foi Simona.
- São os Lamúrios. Os canibais desta floresta. Eles devoram qualquer animal em poucos minutos. Embora a aparência deles seja de homens das cavernas eles têm grande inteligência e são ótimos para atacarem de surpresa.
- Quantos são.
- Estou vendo uns quinze mas deve ter mais vigiando nas árvores.
- Eles ainda não viram este lugar.
- Ainda não. Mas o grupo está em perigo se eu não agir agora.
Simona voa rapidamente para o alto e usando os seus olhos de vampiro consegue ver no escuro todos os Lamúrios que estavam nas árvores. Usando a sua velocidade ele consegue abater todos os quatro que vigiavam o local.
Phauno consegue, por terra, derrubar três deles com o seu poder de toque, ele coloca eles para dormir. Mas alguns percebem a sua presença e alerta os outros. Eles atacam sem piedade.
Simona voa em direção ao Phauno e o puxa para o alto colocando ele em cima de uma arvore.
- Fique aqui você não pode contra eles. Não com todos de uma vez.
Simona arranca um galho velho e pede para que Phauno incendeie a ponta. Simona sabe que os Lamúrios tem medo do fogo.
Ele ataca com bravura facilmente os primeiros 4 lamúrios. Segura dois pelo pescoço e aperta até sufocarem. Enquanto alguns deles seguram as asas do Simona outros 3 socam a sua barriga. Ele usa os pés para abater mais 2. Ainda faltam 6 e eles estavam furiosos. Simona luta com 3 de uma vez enquanto os outros três estavam para entrar na cabana e acabar com a equipe. Um dos lamurios coloca a cabeça para dentro da cabana para ver se estavam todos dormindo quando uma mão gigante e cheia de pêlos o arrasta para dentro. Os outros dois ficam assustados e começam a correr mas são abatidos por muitas bolas luminosas.
Simona consegue abater mais um porem ainda faltam dois que chutam ele no chão. De repente eles são jogados em direção as árvores e com a velocidade do impacto eles desmaiam.
- A fada Thorn corre para Simona completamente cheio de sangue.
- Ajudem! Vamos levá-lo para dentro.
Alguns minutos depois Simona estava deitado com alguns curativos. Ele tossia muito e estava muito ruim. Os ferimentos não estavam se fechando como antes. Seus poderes vampíricos não estavam cicatrizando as feridas.
Phauno entra na cabana e usa seus poderes para saber o que estava acontecendo com o vampiro. Ele fica algum tempo junto com Simona que acorda e pergunta o que esta acontecendo phauno responde sem nada temer.
- Não foi a luta que fez você ficar assim Simona. Seus poderes vampíricos estão sumindo. Logo ficara como um moribundo.
- Do que está falando?
- Seu sangue está envenenado. Você e a Thorn não devem saber mas o sangue de uma fada tem radiação solar por causa dos alimentos que as fadas costumam comer. Você está morrendo aos poucos.
- Olha Phauno! Não diga nada a ela entendeu! Quero que prometa isso.
- Você é mesmo louco Simona. Se continuar a tomar o sangue da Thorn você vai morrer!
- Isso é problema meu! Você não tem o direito de interferir. É a minha escolha. Entende isso?
- Não! Toda a vida deve ser preservada até mesmo a sua seu vampiro idiota!
Simona começa a tremer.
- O pior é que esta tremedeira significa que você está passando por uma síndrome de abstinência por falta do sangue dela tenho que avisar Kiara talvez ela tenha uma solução.
Simona pega o Phauno pelo colarinho e grita.
- Já disse que isso não é da sua conta!
- Posso saber o que esta acontecendo aqui? - Thorn pergunta quando entra na cabana.
Phauno olha para a Thorn e depois olha para Simona. Ele afasta os braços do Simona e caminha até a saída. Simona olha para os ferimentos e vê que eles estavam bem melhores.
- Não vai dizer nada? – Thorn pergunta olhando para Simona.
Ele senta e coloca a mão na cabeça.
- Desculpe Thorn. Tudo que fiz, todos esses jogos e tudo mais, foi apenas para deixá-la mais próxima de mim, mas sou eu que agora pago por sua ausência. Sinto sua falta. Falta de seu abraço de você. Me sinto vazio.
Thorn olha para Simona e responde:
- Vamos esquecer este assunto?
Ele olha para a Thorn pega a sua mão e beija logo em seguida encosta seu rosto no ombro da Thorn. Depois de algumas caricias. O vampiro morde o pescoço da Thorn.
Phauno vai ao encontro da Jasmine e pergunta:
- Jasmine preciso falar com a Kiara. Um membro dos guardiões corre grande perigo.

Continua...


sexta-feira, 18 de julho de 2008

Música

http://www.myspace.com/marcelodiniz

Para ouvir, lendo Kiara eu recomendo.;..o trabalho do Marcelo Diniz....que é ótimo, e ele fez até uma musiquinha para nós leitores de Kiara. Confiram!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Kiara parte 14- por Camila Bernardini


Cap. 14

Simona percebeu que ninguém o ajudaria. Não sabia exatamente quanto tempo, mas achava que permanecia ali, já havia umas duas horas no mínimo. O que o observava não tinha se aproximado até então, mesmo com as tentativas frustradas do vampiro chamá-lo. Queria entender o que acontecia.

Escutou uma gargalhada, vindo de seu lado esquerdo. Olhou, percebeu o semblante de um homem. Uma luz fraca foi acesa, mas o bastante para Simona perceber que era Phauno.

- Você! Cadê a Thorn?

- Com certeza, ela viverá muito feliz sem você.

- Ela me ama!

- Mas você não a ama, é apenas mais uma mulher. Com suas mentiras e falsa fragilidade a conquistou. Mas nem todos caem nessa sua máscara, de ilusões.

- Duvido muito que seja por isso, que eu esteja preso aqui.

- Quando pedi para que te destruíssem, achem que estaria destruindo um pouco do coração daquela fada. Queria vingança. Mas depois de experimentar um pouco do seu sangue, vi que estaria fazendo um favor á ela.

- Eu não a engano, apenas entro no jogo que ela mesma criou.

- Thorn, não cria jogos, ela realmente sente tudo que demonstra. Eu deveria tê-la ensinado a enganar os sentimentos, assim não teria tantas pessoas se aproveitando dos sentimentos dela.

- Mesmo que você conte a verdade á ela, Thorn não acreditaria. Nem os outros.

- Sei que não, pois Sillos já havia alertado sobe uma possível traição. Mas nem Jasmine, sempre intuitiva pensou em acredita que ainda seria você. Se soubesse tenho certeza, que não teria salvado sua vida.

- O que pretende?

- Seguir com meu plano e matá-lo, depois contar toda a verdade a Thorn. Que o vampiro amado dela compactuou em ajudar Jade. Você iria levar todos eles ao talismã ou a morte?

-Já disse, ela não acreditará.

- Você esquece Simona, que Thorn pode saber o que quiser de você, só não aprendeu ainda a usar esses seus poderes.

- Para quem queria se vingar.

- Eu queria mesmo, mas hoje ela me fez uma pergunta que me lembrou o passado. Vou ajudá-la e ajudar Kiara, assim rever algum dos meus erros.

- Qual o mistério que envolve tanto você, Thorn e Kiara?

- Isso é algo que não te interessa. Bom, eu tenho que ir. Você ficará aqui, até os primeiros raios de sol surgirem, onde te colocarão para fritar no sol.

Phauno saiu da sala, onde tudo voltou a escurecer, deixando Simona ainda mais desesperado. Estava indo a procura de Thorn, quando sentiu uma forte dor de cabeça, sentou no chão, fechando seus olhos. Um leve perfume de mulher começou a embriagar-lhe, até a dor de cabeça suavizar. Abriu os olhos, e viu Kiara na sua frente.

_ Você!

- Devemos esquecer o passado Phauno. Vim pedir que não mate Simona.

- Matá-lo não será mais uma vingança. Quero ajudá-la a recuperar seus poderes. Espero que acredite em mim.

- Simona errou, mas não deve morrer. Ele perderá a coisa mais preciosa que encontrará. O amor que minha fada sente por ele, irá se extinguir. Contaremos a verdade, a ela e o deixaremos livre. Esse será seu pior castigo.

- Mas ele não a ama! Ele disse agora mesmo que só participava de um jogo que Thorn criou, a ilusão dela.

- Ele não a amava, mas acabou se apaixonando. Mas o mal o domina, é a natureza dele.

- E o que devemos fazer?

- Phauno você também errou em outras vidas, foi punido e mesmo assim por uns instantes pensou em vingança. Não sei o que realmente o impulsionou a mudar. Mas Simona merece uma segunda chance.

Continua....



Embora Kiara estivesse sem os seus poderes, enfrentou o perigo de sair do seu templo e salvar Simona. Ela ficou sabendo por um dos espiões de seu templo, que o vampiro quando seqüestrado no castelo de Jade, combinou com ela que iria entregar os outros três guardiões. Mas Simona realmente tinha se apaixonado por Thorn e travava uma batalha muito grande entre um pacto feito a muito tempo e um sentimento até então desconhecido e tão adverso de sua natureza. Era só por ter fé no amor dele pela fada, que o salvaria. Mas também não deixaria de puni-lo, contanto a verdadeira intenção dele para Thor e os demais, e faria mais que ele continuasse na missão. Além dessas mudanças, colocaria Phauno para ajudar, talvez assim perdoando as dívidas do passado.

Phauno e Kiara foram buscar Simona. Foi difícil conseguir convencer Abraxas a libertar o vampiro, o ex mestre de Thorn teve que convencê-lo, prometendo um outro pacto, que não entrou em conhecimento de ninguém.

O vampiro ficou surpreso ao ver que estava sendo liberto por Phauno e por Kiara, ao mesmo tempo se sentiu envergonhado por ter traído a deusa que outrora salvou sua vida da mão dos humanos. Apenas a seguiu calado, com a cabeça baixa, pensando no que aconteceria agora.



Depois de algum tempo, eles chegaram na praça onde ainda se encontrava Thorn, Jasmine e Umberto. Os três estavam ali ainda, paralisados, sem saber o que fazer. Umberto foi o primeiro a ver Simona e os outros se aproximando. Ficou quieto, sem avisar as guardiãs. Percebendo que algo estava extremamente errado.

- Olá queridos- Kiara disse suavemente

Thorn então levantou os olhos:

- Simona! Kiara! Phauno! O que está acontecendo? Por que você desapareceu?

O vampiro continuou calado, sem responder. Preferiria ter morrido, do que ter a certeza de que Thorn saberia toda a verdade.

- Calma, querida. Toda a verdade será revelada. Quero que vocês sentem,e mantenham a calma. Principalmente você Jasmine.

Os três sentaram de volta ao banco.

- Quero Simona e Phauno, que sentem também.

Os dois obedeceram imediatamente a ordem de Kiara.

- Hoje, Thorn encontrou seu ex mestre, que por motivos que só cabe a ela saber, resolveu que iria se vingar de você. Achou que a melhor forma seria destruindo Simona, o raptando e planejando matá-lo.

- Phauno??! – Era Thorn que estava horrorizada.

-Deixe eu terminar Thorn!

- Me desculpa Kiara.

- Phauno descobriu que Simona estava mentido para vocês quanto a localização do talismã, e pretendia os entregar para Jade ou os aliados dela. E que no começo ele não a amava de verdade Thorn, embora agora acho que ele nutre sentimentos verdadeiros por você. Embora ainda esteje confuso. Assim Phauno se arrependeu da vingança, o motivo também não sei ,e decidiu destruir Simona e depois os ajudar a recuperar o talismã.

- Quer dizer que agora não podemos mais contar com um vampiro em nossa missão? Bem que Sillos nos avisou...- Era Jasmine que embora sempre tentava manter equilíbrio entre as coisas estava furiosa. Salvou Simona, ficou desesperada nos momentos que esteve desaparecido, para isso. Saber que ele traía a confiança deles e ainda por cima machucava a pequena Thorn.

- Claro que terão, ele e Phauno farão parte da equipe. E os ajudarão.

- Como iremos confiar em uma pessoa que não sabe o que quer? Ou ele está do nosso lado ou no da Jade.

- Umberto, todos nós merecemos uma segunda chance. Será a chance dele provar que ama mesmo Thorn. E será a chance que Phauno terá de resgatar um erro do passado comigo.

- E como saberemos onde está o talismã agora? – Era Thorn, que como líder, tentou não se alterar e esconder a raiva que sentia. Raiva, e tristeza.

- Usem magia! Para isso vocês foram tão bem treinados. Bom, tenho que deixar os cinco sozinhos e voltar ao templo. Achem logo um esconderijo para passarem o dia. Logo vai amanhecer.

Kiara terminado de alertar sobre o dia que logo amanheceria, desapareceu. Os cinco ficaram mudos se olhando. Um esperando pelo outro. Cada qual engasgado, com coisas para falar, mas se contendo.

- Vamos alugar quartos em alguma pousada por aqui. Estou exausta, e acho que vocês também.

-Thorn sei que não é o momento certo. Mas eu havia esquecido, passou da meia-noite, feliz aniversário linda.- Era Umberto que tentava amenizar a situação.

-Obrigada...

Jasmine sorriu e a abraçou,

- Então vamos achar os quartos?

Os cinco logo, encontraram uma pousada chamada Sol, e decidiram se instalar ali mesmo. Thorn e Jasmine decidiram que ficariam no mesmo quarto. Umberto quis ficar em um quarto vazio, enquanto Phauno e Simona tiveram que decidir o último quarto livre que sobraram, mesmo não gostando da idéia de praticamente estarem dormindo ao lado de um inimigo. Ao se dirigirem ao quarto Simona chamou por Thorn. Ela parou no corredor, o olhou e seguiu em frente. Sabia que uma hora eles teriam que conversar. Mas não seria agora, pois ela estava de cabeça quente e facilmente poderia explodir.

Kiara- parte 13 por Camila Bernardini


Cap. 13



Phauno pediu que Thorn o esperasse um pouco, caminhando até a praia. Na areia fez o desenho de um pentagrama, deitando-se no meio do circulo, de uma forma que seus braços, pernas e cabeça representassem cada uma das pontas da estrela. Invocou seu demônio pessoal, e o visualizou em sua mente.

- Quero que vá com uma legião, atrás de três pessoas para mim.

- Que pessoas?

- Os três outros guardiões de Kiara. Quero que destrua o vampiro, os outros não.

- Seu desejo será uma ordem.

O demônio então se materializou, seguindo em direção as águas do mar, onde pediu ajuda de Leviatã e depois de Abraxas, que é o demônio que rege a cidade de São Paulo. Os três juntos, com a legião de pequenos diabretes que o acompanhavam seguiram em direção a pracinha, onde ainda permaneciam os outros três guardiões.

Jasmine sentia-se mal, disse aos seus companheiros, que uma energia muito negativa vinha velozmente em direção a eles.

- E Thorn, está sozinha!- Exclamou Simona

- Ela está bem, não se preocupe, não sinto nada de diferente com ela, apenas Phauno a acompanha.

Umberto sentia no ar também, que algo estava mudando. Ficou pensativo, decidindo-se a continuar com sua forma humana, enquanto não sabia realmente o que enfrentariam. Um vento gelado começou a surgir entre eles, como se estivessem fazendo um redemoinho. Não conseguiam enxergar mais nada. Tudo estava escuro, e um zumbido, um barulho ensurdecedor em volta.

Jasmine assustada, apenas sentia que a presença de Simona já não estava mais ali, e que Umberto continuava do lado dela, tão confuso quanto. Aos poucos o vento e o barulho foram sumindo.

Os dois olharam ao redor, tudo continuava igual, parecia que nada havia acontecido. Mas Simona havia sumido, e a jovem bruxa não conseguia senti-lo de forma alguma. Preocupou-se, mas não sabia o que fazer. Pensou em invocar Sillos, mas uma vez e perguntar á ele, mas não queria arriscar ser premiada com uma das invenções do pequeno vampiro astral. Sentou no banco e chorou, pela primeira vez não sabia o que fazer e seus conhecimentos talvez não pudessem trazer o amado de sua amiga de volta. Não sentia nada, será que ele estava morto? Não entendia o que estava acontecendo, e quanto mais tentava entender mais a imagem de Phauno entrava na sua mente. O que o ex mestre de Thorn, teria a ver com tudo aquilo?

Umberto vendo Jasmine em pânico, também se desesperou. Ela sempre era a que mantinha mais equilíbrio entre as coisas. Ele a abraçou, e chorou baixinho, com medo que ela pudesse ver as lágrimas caírem de seus olhos. Sentia-se triste em também não poder fazer nada, e preocupado com a reação de Thorn.

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Simona abriu os olhos, não sabia onde estava. Lembrava-se vagamente do redemoinho e do barulho, antes de perder os sentidos. Agora, não sabia onde estava, e não tinha ninguém que pudesse socorrê-lo. Tentou entrar na mente de Thorn e pedir ajuda, mas ela havia bloqueado sua mente. Por quê? A fada tinha ido para longe dos outros guardiões, deveria ter deixado a mente aberta, caso ocorresse alguma coisa. Olhou ao redor para ver se reconhecia o lugar. Só havia escuridão, com sua visão vampiresca percebeu que algo o observava em outro canto do lugar onde estava. Fingiu que não viu. Tentou mover as mãos e levantar. Sim, agora que havia percebido que estava deitado. Não conseguiu se mover, e ao tentar se movimentar sentiu dor em seus pulsos. Mesma dor que a prata ocasionava. Estava preso, talvez por algemas de prata. Mais uma armadilha de Jade? Entrou na mente da bruxa, mas logo sentiu de onde vinha a cilada. Phauno. Mas por quê?

Não sabia como escaparia dali, nada vinha a sua mente, atordoado e surpreso. Não conseguia de nenhuma forma, entrar na mente de nenhum dos guardiões. A única pessoa que parecia ter passagem livre era Jade. Teria que pedir ajuda a ela, mas será que a feiticeira o ajudaria? Mesmo ele sendo um inimigo?

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Jade estava deitada em sua cama, quando sentiu Simona por perto. Sabia que ele não estaria em seu castelo, já que estava ocupado de mais, tentando recuperar o talismã, e devolver os poderes a sua deusa. Decidiu deixar que ele penetrasse em sua mente, só por curiosidade, ver o que o vampiro estava tramando. Surpreendeu-se ao ver que ele pedia ajuda. Deu altas gargalhadas. Sim, ainda amava Simona, mas foi ele que decidiu ficar com aquela fada. Foi ele quem esqueceu sua verdadeira natureza. Ele que se virasse. Sentiu perigo, perigo real. Preocupou-se, mas não daria o braço a torcer.

Só por precaução, tentou descobrir onde o vampiro estava. Suas visões mostravam que ele estava na fortaleza de Abraxas. Não, poderia ser. Chorou por Simona, sabia que só um anjo, alguém de força muito pura e de muita luz poderia salvá-lo de lá. A única que talvez conseguisse seria aquela maldita fada. Jade, ainda estava sem saber o que fazer, pensou em procurar Thorn alertá-la sobre o perigo. Mas se a fada o salvasse, mais uma vez os dois estariam juntos. Pensou melhor e decidiu que seria melhor que Simona morresse, seria menos um para tentar acabar com seus planos. E não teria mais que vê-lo nos braços de outra.

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Enquanto Thorn via de longe, seu antigo mestre, realizando um ritual com o pentagrama, sentia seu coração apertado. Quase chorou de angústia, sem saber o por que. Tudo que queria era voltar aos braços de Simona e ao conforto de ter seus amigos por perto.

Phauno, terminado o ritual se aproximou da fada, percebeu que ela estava aflita e que não iria conseguir por muito mais tempo prendê-la com ele. Precisava apenas de um sinal de que seu pedido já tinha sido atendido. Sabia que seria rápido, por estarem diante de uma das entidades demoníacas de muito poder Abraxas.

-Minha querida, parece que está cada vez mais calada.

- Acho que tem algo de errado acontecendo com os outros.

- Mas por que acha isso?

- Não sei bem, não estou sentindo a presença de Simona em lugar nenhum.

- E deveria sentir?

- Sim, desde que trocamos sangue, eu sinto tudo que ele sente, e sei sempre onde está.

Era essa a resposta para sua dúvida. Afinal, os demônios já haviam agido e mais rápido do que ele esperava. Então com sua falsa naturalidade perguntou:

- Você quer voltar aos seus amigos? Podemos deixar o passeio a ruínas para outro dia.

- Sim quero, se não se importar eu vou voando, para ir mais rápido.

- Não se preocupe.



Thorn então voou com toda a velocidade que pode, de volta ao centro da cidade. Encontrou Umberto e Jasmine no mesmo lugar, só não viu Simona. Ainda do alto percebia que os dois guardiões pareciam desesperados. Pousou ao lado de Jasmine:

- Onde está Simona? O que aconteceu? Por que estão com essa cara de choro?

- Uma pergunta de cada vez Thorn- Umberto respondeu.

- Querida... Simona desapareceu.

- Como assim, desapareceu Mine?

- Não sei, estávamos aqui, quando todos sentiram uma energia ruim vindo em nossas direções, começou a ventar, não vimos mais nada. Quando tudo voltou ao normal, ele já havia sumido.

- Vocês não fazem idéia do que aconteceu?

- Mine acha que foi Phauno que fez algo.

Thorn se lembrou do ritual do pentagrama, o qual tinha certeza que ele estava invocando outras entidades. Mesmo assim não via motivos para que, seu mestre iria fazer uma coisa daquelas.

- Ele, mas por quê?

- Não sei Thorn, apenas sinto.

- Não Mine, acho que deve ter sido Jade. Mas para onde ela levou Simona dessa vez?

- Você não consegue senti-lo?

- Não...Não consigo entender...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

os guardiões de Kiara-parte 12- por Camila Bernardini


Jasmine e Umberto encontraram uma pequena casa, que parecia outrora ter sido de algum pescador, por tantos anzóis e varinhas de pescar dentro da casa. Decidiram dormir por ali mesmo, e na noite seguinte encontrariam Thorn e Simona.
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Thorn abriu os olhos e viu Simona ainda dormindo ao seu lado, ficou por algum tempo o admirando dormir, e pela primeira vez sentiu toda a plenitude de ser mulher. Uma intensa ternura e amor brotavam cada vez mais do seu coração por aquele vampiro. Parecia maluquice querer juntar duas naturezas tão opostas, o bem e os mal interligados. Mas quem poderá encontrar explicação para os sentimentos que surgem? E quem poderá controlá-los?
Thorn saiu do lado de fora da cabana e viu que o sol começava a se despedir do céu para dar lugar mais uma vez, ao manto negro da noite que trarias escuridão e segurança para que seu amado vampiro pudesse caminhar, e continuar em sua missão. Era assim, o eterno ciclo da vida, luz e trevas não se encontravam. Não se encontravam talvez por não terem corações, que faria tudo se tornar possível, até os sonhos mais irreais. Ela caminhou por entre os rochedos, até eu subiu em uma rocha alta, que tinha sua beira caída para o mar, naquele ponto com a correnteza forte, uma queda sendo fatal. Sentia o vento batendo em seu rosto, amava sentir a brisa tocar em sua pele, era como se o vento trouxesse energias boas para dentro de seus poros e carregasse as ruis para terras distantes. ’
Ficou por ali um bom tempo, terminando de ver o sol se pôr, quando viu que Jasmine se aproximava,parando ao lado dela. A bruxa carregava em suas mãos uma espada prateada, enfeitada com desenhos estranhos. Eram quatro símbolos: um ank, uma cruz, um cálice e algo parecido com um incenso queimando. Era a espada que Jasmine ganhará ao ser iniciada bruxa, e ter todos os seus poderes sobre completo domínio. Ela só podia ficar quatro anos com sua espada e repassá-la para alguém de confiança. Na noite anterior, antes de adormecer ela lembrou que no dia seguinte seria dia 29 de junho de 2008, dia do seu aniversário e o dia que completos quatro anos. Foi então que decidiu entregar sua espada para Thorn, que era além de uma pessoa de confiança, alguém que ela amava muito.
-Thorn, por nosso tempo de amizade e nossos laços de amizade te entrego minha espada, que agora será sua. Use a com justiça sempre!
-Mine! – era sim que Thorn a chamava carinhosamente.
A fada a abraço e ficaram assim por um longo tempo, uma sentindo o coração da outra. Corações de sincera amizade. Thorn então sorrindo falou:
-Parabéns minha bruxinha linda, dezenove anos! Está velha hein!
- Não esqueça fadinha que eu sou apenas um dia mais velha que você.
- È mesmo amanhã será minha vez de pedir aposentadoria no sindicato das fadas!
As duas riram e tornaram a se abraçar.
-Já estou ficando com ciúmes!
Era Simona que tinha desperto e como o sol já havia desaparecido, saiu em busca de Thorn.
- O que é isso em suas mãos?
- Ganhei de Jasmine!
- Quando você estiver brava me avise Thorn!
Mas riso da parte dos três. Umberto também chegava e se aproximava do grupo como sempre um pouco mais sério que os demais.
-Quando as duas irão comemorar o aniversário?
-Umberto, não sei, mas acho que amanhã, no dia trinta. Para celebrar o meu e o da Thorn.
-Sempre juntas! – Thorn deu um longo beijo na bochecha de Jasmine.
Umberto voltou a perguntar:
- Dos rochedos do costão até o castelo da prainha no máximo levaremos duas horas. Como a noite acabou de começar, nós poderíamos ir um pouco ao centro de Peruíbe.
Os quatro guardiões então se dirigiram ao centro da cidade, onde as principais movimentações e encontro das pessoas tanto que moravam na cidade como dos turistas eram as mini lojinhas de artesanato que formavam um centrinho, antes conhecida como feirinha, quando no passado em vez de lojas eram barraquinhas montadas. E mais um pouco para cima desse centrinho, a pracinha, com duas mini galerias, uma maravilhosa pastelaria, uma igrejinha. Parecia até aquelas pracinhas que encontramos muito no interior das cidades de São Paulo.
Estavam os quatro sentados em banquinhos por ali, conversando, quando alguém gritou:
-Thorn!
A fada olhou na direção da voz que a chamava e se surpreendeu:
-Phauno!
Phauno foi um homem que se aproximou de Thorn no passado, se tornando primeiro amigo dela, e aos poucos a introduzindo no mundo da magia, ensinando sobre poderes e antigas tradições que considerava como únicas e verdadeiras da magia. Quando ele a viu pela primeira vez, sentiu que a missão de Thorn na terra, seria ensinar magia das fadas para as novas escolhidas.
Thorn na época não imaginava a grandeza de seus poderes e nem que se tornaria fada. Aos poucos Phauno foi a lapidando, até brilhar seus poderes. Aos poucos Thor foi deixando de ser uma menininha de quatorze anos, para se tornar uma mulher, madura e assumir seus poderes e sua condição de fada. Ele se sentiu orgulhoso ao saber que ela tinha se tornado uma guardiã da deusa Kiara. Mas seu orgulho, logo virou sede de vingança. Quando ele pediu a Thorn que o levasse ao templo da Deusa, e ela se recusara, ficou irado e por quase três anos planejando vingança. Thorn tinha se tornado guardião junto com a Jasmine com dezesseis anos. Embora as fadas não envelhecessem, permanecendo sempre com seus corpos de meninas, elas contavam a idade, uma forma de recordar o passado, antes de entrarem nesse mundo místico.
Phauno estava feliz em reencontrá-la, pela mão do destino e sabia que agora de alguma forma se vingaria de sua ex pupila.
A fada os apresentou aos outros três guardiões, sem nem ao menos suspeitar que estivesse diante de mais um inimigo. Umberto e Simona se simpatizaram com ele. Jasmine sem saber o porquê já não tinha gostado muito dele, sentia perigo exalando daquele homem, mas no momento resolveu guardar suas intuições com ela.
Os cinco conversavam, quando Umberto percebeu que Jasmine se sentia desconfortável na presença daquele estranho amigo de Thorn. Sugeriu então que os guardiões voltassem para o Costão. Phauno porém propôs:
-Deixe eu matar a saudade de Thorn, proponho um passeio nas Ruínas, sei que é um pouco longe daqui, mas acho que irão gostar.
-Jasmine e Umberto recusaram prontamente:
-Eu vou com o Phauno, e depois encontro vocês aqui.
-Tem certeza?- Foi a vez de Simona se preocupar, era uma mistura de preocupação e ciúmes. Não gostava de saber que existiam outros homens tão próximos de sua fada.
-Tenho sim!- Simona sorriu e o beijou.
Thorn foi se despedir de seus outros amigos, quando viu a cara de seriedade de Umberto e Jasmine e sorriu. Sabia que seus amigos se preocupavam com ela, mas estavam exagerando um pouco.
Phauno estendeu o braço a fada e foram caminhando, desceram para as lojinhas do centro e depois o calçadão que os separava da praia. Thorn olhou o semblante de seu antigo mestre, ele continuava com as mesmas feições, um rosto moreno e arredondado; cabelos longos, lisos e compridos, olhos um pouco amarelados e um sorriso enigmático. Sorriso de poucos amigos. A fada sentiu um arrepio, e um sentimento de arrependimento de ter deixado os outros três guardiões brotou nela. Mas o que iria fazer? Recusar o convite á um passeio de uma pessoa que a ensinou tanto, e que a fez ser o que hoje era?
Como continuavam caminhando calados, Thorn lembrou de quando conheceu Phauno.
Estava com seu grupo de amigos em uma sexta-feira, eles combinavam de ir ao cemitério do Bela Vista e Phauno esta com eles. Chegando ao cemitério, assim que pularam o muro para o lado de dentro, Thorn afastou-se do restante do grupo e foi andar. O garoto que ela gostava tinha acabado de terminar com ela, vagueava por entre os túmulos quando decidiu sentar em um banco branco que tinha por ali, do lado uma árvore que completava o cenário sombrio. Ficou ali, por alguns instantes, sozinha, pensando na sua vida e em tantas coisas, chorou baixinho. Foi então que escutou:
-Obrigada por ter voltado.
Olhou e viu que era Phauno.
-Voltado de onde?
-Na hora certa você vai saber.
Thorn sempre fora curiosa, mas sabia que as respostas viriam sempre na hora certa. Os dois mudaram de assunto, falando sobre coisas diversas, até entrarem no assunto magia, onde Phauno considerava que a magia dos guardiões era a única verdadeira.
Phauno ao ver Thorn, pela primeira vez percebeu que a menina possuía muitos poderes, e teve uma visão de uma vida passada, quando ele era um dos que guardavam o maior segredo de Kiara, isso datava em um ano de 1545, e tinha sido em sua primeira encarnação na Terra. Na mesma hora soube que sua missão seria encaminhar Thorn para o conhecimento do oculto.
Aos poucos os dois começaram a se encontrar, e com sutileza ele foi ensinando os mistérios da magia a sua discípula, que absorvia tudo com interesse. Ele não se enganara, ela era uma fonte viva de sede de conhecimento, alunos assim sempre eram os melhores, pois aprendiam rápido. Foi com orgulho que viu os poderes de Thorns aos poucos irem se desenvolvendo e por fim se iniciando ma magia das fadas. Ela então sabia que teria que renunciar as coisas que viveu na sua vida humana , para se tornar fada, protegendo outros seres de sua espécie.
Thorn ficou feliz pão receber o convite de ser uma das quatro guardiãs maiores de Kiara, embora tivesse medo do tamanho da responsabilidade que seria. Mas como sempre adorou desafios, aceitou sua nova missão. O que os outros guardiões não sabiam era que ela junto de Kiara, guardava um segredo que poderia mudar todo o processo das coisas do universo. Era um segredo que talvez ajudassem os seres místicos que cada vez mais iam perdendo seu espaço entre a terra, pelo ser humano que devastava a natureza e tudo que encontrassem ao seu redor. Um segredo poderosos, que caído em mãos erradas poderia ser usado para o mal.
O que a fada não sabia era que Phauno também possuiu esse conhecimento no passado, mas traiu a confiança de Kiara, sendo expulso do antigo templo dela e sendo proibido de lá voltar. Claro, que muitas reencarnações aconteceram depois disso, mas ele sempre com seus poderes bem desenvolvidos recordava o passado,e tinha sede de vingança. Sempre quis vingar-se de Kiara, nunca porém achou forma de invadir seu templo. Sabia que além dos quatro guardiões principais que eram Umberto, Thorns, Simona e jasmine, havia muitos outros e feitiços que a protegiam de quem quisesse se aproximar para prejudicá-la. Por isso ficou feliz e orgulhoso quando soube que Thorn se tornou guardiã, logo se decpcionando pela discípula ter negado a ele o pedido de levá-lo até Kiara. O que mais ele contava com a sorte, era que Thorn não recordava de suas vidas passadas, não se lembrava do que exatamente havia ocorrido no passado.
-Você esta em silêncio? No que esta pensando? – Era Phauno que perguntava.
-No passado em como nos conhecemos, até hoje você não me explicou a frase que agradecia por eu ter voltado.
- Quer que eu te explique?
-Sim!
....continu

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Kiara- parte 11 por Adriano Siqueira


Kiara Parte 11 – Por Adriano Siqueira



Faltava uma hora para anoitecer.

Jasmine e Umberto esperavam na beira da praia a chegada de Thorn e Simona.

Enquanto isso, Umberto conversava com a Jasmine sobre as suas aventuras.

- ... Então eu Mordi a vampira! – Declarou Umberto todo empolgado.

- Que curioso Umberto e a vampira não se transformou num lobisomem?

- Isso eu não sei Jasmine. Pois eu fugi antes que ela acordasse!

- Isso é incrível!

- Agora é a sua vez!

- Minha vez? Dê que?

- De me contar uma história! Me conte como conheceu a Thorn!

- Ah Umberto! Isto sim é uma linda história.

- Pois sou todo ouvidos.

- Bem... Tudo começou com....



Thorn e Jasmine – A primeira história.



Em um vilarejo perto da cidade de Ouro Preto. Os homens participavam de um torneiro curiosos. Eles caçavam as fadas da floresta. O vencedor era quem pegava mais fadas.

Todos os homens deste vilarejo participavam deste torneio, que era anual. As fadas eram pequenas e podiam caçar apenas com a mesma pequena rede que usavam para capturar borboletas.

As fadas eram espertas e voavam muito rápido. Mesmo assim os homens conseguiam capturar muitas fadas.

Elas não tinham como se defender. As bolas de luz que elas jogavam nos homens não os intimidavam.

Thorn estava entre elas. Tentava protegê-las dos ataques dos homens. Lutava como podia para salvar as suas amigas. Conseguiu até abrir um cesto onde prendiam as fadas e isso irritou muito aqueles homens.

A coragem de Thorn surpreendia as outras fadas mas, mesmo lutando com bravura ela e algumas amigas suas foram capturadas.

Os homens levaram as fadas presas para o vilarejo para que o juiz contassem as fadas capturadas para ver qual caçador era o vencedor.

Quando os homens estavam gritando e torcendo para vencer uma mulher de cabelos negros e lisos que vestia uma roupa preta passava pelo vilarejo e ficou curiosa sobre o que estava acontecendo.

Quando ela viu que os homens riam e festejavam por prenderem as fadas ela decidiu agir.

Pegou algumas sementes de sua bolsa e soprou. Uma ventania surgiu e os homens se afastaram.

Ela chegou perto dos cestos e abriu todos, assim as fadas poderiam fugir e os homens ficaram furiosos.

Thorn guio as fadas para a floresta e assim que todas as suas amigas estavam salvas ela voltou para o vilarejo para reencontrar aquela mulher.

Assim que a encontrou, elas se apresentaram A mulher de preto se chama Jasmine e então começaram a conversar sobre a difícil vida de uma fada e a luta que elas tem anualmente por causa deste torneio.

A Jasmine era uma bruxa experiente e com a ajuda de alguns encantamentos deu alguns poderes para a Thorn.

Thorn podia agora, crescer até ficar do tamanho de um mulher. E Jasmine conseguiu fornecer energia suficiente para ela transformar as suas pequenas bolas de energias em luz sólida.

Agora ela poderia lutar com os homens do vilarejo e proteger as suas amigas.

Thorn agradeceu a ajuda da Jasmine e se abraçaram e ficaram horas passeando pela floresta.

A fada deu para Jasmine muitas plantas raras que iria ajudar a criar novos feitiços.

Depois de um longo tempo a Jasmine finalmente se despediu da fada e seguiu o seu caminho.

Thorn não conseguia mais esquecer aquela mulher. A Jasmine foi muito prestativa e seus pensamentos sobre ela eram de carinho e amizade. Estava tão feliz por encontrar uma mulher como a Jasmine que tomou uma dura decisão. Ela resolveu partir daquela floresta e procurá-la para acompanhar em suas viagens.

Foi uma decisão difícil mas ela sabia o que queria. Despediu-se das suas amigas fadas e seguiu seu caminho em busca da Jasmine.

A fada voou quilômetros até que em um outro vilarejo, ela viu um certo tumulto de homens e isso chamou a atenção da fada. Ela então creceu de tamanho e escondeu as suas asas com uma blusa que ela havia pegado de um varal.

Os homens estavam rindo e alguns diziam que finalmente a bruxa iria pagar por tudo que fez.

Thorn ficou preocupada e as poucos ela foi se adentrando a multidão.

Finalmente viu a sua amiga Jasmine amarrada em um tronco de arvore e os homens colocando gravetos em volta para colocar fogo.

Desesperada Thorn chamou por Jasmine e ela gritou para que a Thorn corresse de lá.

Os homens perceberam que havia algo errado com aquela mulher e tiraram a sua blusa mostrando as asas de fada.

Muitos ficaram impressionados pois nunca viram uma fada daquele tamanho. Isso despertou a curiosidade de outros homens mais afoitos.

Thorn correu e pegou uma das tochas e os ameaçou para que eles se afastassem. Porém eles estavam armados com garruchas e espingardas.

Jasmine gritou para que a Thorn usasse os seus poderes.

Ela se concentrou e uma bola de luz se formou a sua frente com a sua forma mental ela lançou a bola que destruiu as armas.

Thorn correu para Jasmine. Arrebentou as cordas, pegou a sua bolsa cheia de plantas raras, entregou para jasmine e correram para fora do vilarejo.

Um dos homens, que estava dentro de uma das casas, saiu atirando e a bala passou de raspão no braço de Thorn. Isso a deixou enlouquecida. Começou a jogar as suas bolas de energia nas casas e no poço aonde os homens pegavam a água. Jasmine pediu para que tivesse calma até que finalmente a Thorn se acalmou.

As duas mulheres saíram daquele vilarejo e seguiram juntas e assim estão até hoje.



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- Gostei mito da história Jasmine.

- Pois é Umberto. Eu disse que era uma linda história.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Kiara parte 10- por Camila Bernardini


Kiara- parte 10


Umberto e Jasmine tinham voltado todo o percusso do rochedo, indo assim caminhar pela praia do Costão. Foram andando até a divida das prais do Costão e a da cidade, onde o que as dividiam era o Rio Preto, que o fim de seu curso desembanhava-se no ma. O mais curioso era que as águas salgadas e doces não se misturavam.
Jasmine sentou sobre a areia, enquanto Umberto subiu por entre a spedras que completavam o cenário do rio junto ao mar. Ele ficou com os pensamentos longe, distantes e vagos. Nem percebeu quando a canção começou, vinda das profundezas das águas.
-Nereidas!- Jasmine exclamou
-O que?
-Você não esta ouvindo?
Só assim, Umberto prestou atenção na melodia, quem quer que fosse que cantava, tinha a voz mais bela e doce que ele já ouvira. Ficou hipnotizado, encantado pela música que ouvia. Imaginou quem estaria cantando, se a dona da bela voz seria uma mulher tão bela quanto. Aproximava-se cada vez mais do rio, e sem pensar atirou-se nas águas.
-Umberto?
Jasmine desesperou-se ao ver seu amigo se jogando para dentro do riu, pior ficou quando o viu tentando nadar contra a correnteza, que ali era forte, justamente pelo quase encontro d'água. Ela sabia que se não o ajudasse logo, ele enfeitiçado pelo canto da nereida, desistiria de tentar nadar, afundando-se para sempre nas profundezas do rio.
Nereidas eram ondinas que viviam nas águas do mar, popularmente conhecidas como sereias, que na maioria de suas vezes eram mulheres sedutoramente belas, com seus corpos metade peixe, metade melhor. Elas sempre atraíam os homens que viam causando neles loucura ou até mesmo a morte.
Jasmine sabia que precisava de algo que pudesse voar, para alcançar e salvar Umberto. Fechou os olhos desejando que Thorn e Simona estivessem ali, mas não estavam e teria que se virar sozinha. Pensando nisso, lembrou uma vez no templo de Kiara, ela tinha visto um cavalo branco, com um enorme chifre na testa, e asas saindo de suas costas. Um unicórnio. Kiara á ensinará como invocá-los. Lembrou também que eles só viriam ao seu encontro, se o pedido fosse realmente dotado de um sentimento de muita pureza.
Ela esforçou-se para que tudo desse certo, fechou seu olhos, mentalizando um unicórnio e repetindo as palavras mágicas que os traria. Palavras que Kiara, alertou para que ninguém mais soubesse, pois usadas de forma errada, poderiam invocar seres de natureza demoníacas.
Jasmine sentiu um leve vento começar a vir em sua direção, seus cabelos longos e negros começavam a balançar, como brincando com a brisa. Abriu seus olhos e na sua frente, estava o unicórnio. Imediatamente pediu que ele a ajudasse a salvar Umberto
O Unicórnio inclinou suas patas para baixo, indicando com a cabeça suas costas. Jasmine entendeu o significado e montou em suas costas. Os dois voaram em direção onde Umberto ainda se debatia, tentando lutar contra a correnteza e com a sua mente que pedia que ele parasse de nadar e fosse logo ao encontro da mais bela voz.
-Pegue na minha mão agora
Ele olhou para cima e viu Jasmine em um cavalo com chifre e com asas, nem questionou, a cada hora que passava percebia que existia muito mais seres mistícos do que pensava. Pegou na mão de sua amiga, até conseguir apoiar a outra no unicórnio. Aos poucos foram subindo metros para cima, até Umberto estar completamente fora d'agua e longe dos cantos da nereida.
Há uma distância segura Jasmine disse:
- Pode nos colocar no chão.
O unicórnio desceu lentamente até pousar as patas no chão. Esperou que os dois guardiões descessem de suas costas, olhou fundo nos olhos da jovem bruxa e voou, desaparecendo da vista dos dois.
- Devia ter me dito sereias!
- È a mesma coisa que nereidas
- Tá bom bruxinha salvadora
Jasmine sorriu, sentia-se imensamente feliz por ter salvo Umberto, e ter a certeza de que a amizade deles era mesmo pura, pois só assim, o unicórnio atendeu o seu pedido.

Kiara parte 9- por Camila Bernardini


Kiara- parte nove- por Camila Bernardini


Thorn encontrou mais a frente Umberto e Jasmine, ela estava com um sorriso nos lábios. Achava engraçado Simona ser um vampiro, e mesmo assim ser tão tímido e tão inseguro. As vezes achava que ele fazia isso, para conquistá-la mais, só que com o tempo percebeu que ele era daquele jeito mesmo.
-Thorn, Simona deixou o mapa conosco, antes de vocês saírem voando por aí.- disse Jasmine
-Descobriram alguma coisa?
-Umberto. Disse que se parece, com as ruínas do castelo da prainha!
- Isso é bom, porque poderemos ir pelos rochedos do costão mesmo. Sairemos lá!
-Teremos que fazer isso, amanhã á noite, logo vai amanhecer e temos que encontrar um abrigo.
Thorn pensa por um momento, decidi voltar onde Simona estava e sugerir que dormissem na cabana. Ficou olhando para os amigos, pensando no que falaria a eles. Jasmine quase adivinhando disse:
- Eu e o Umberto iremos andar um pouco mais pela praia, já que não temos problemas com a luz do dia. Depois arrumaremos um lugar para dormir. Amanhã a noite nos encontraremos aqui certo?
-Certo!
Thorn sorriu, abraçou a amiga e foi de encontro ao Simona. Ele continuava no mesmo lugar em que havia sentado. Ela o olha sem dizer nada, e o beija.

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Simona sem precisar dizer nada, pega sua fadinha pelas mãos e a leva para dentro da cabana. Olha em seus olhos e sorri, assim seria mais fácil, sem convites, apenas acontecendo naturalmente. Thorn retribui o sorriso e o beija novamente. Ele delicadamente a pega no colo e a deita por entre as almofadas, e fica assim a olhando, sem saber muito bem qual o próximo passo. Até que Thorn com as mão o chama, ele deita sobre ela e a beija, enquanto suas mão escorregam passeando pelo corpo dela, conhecendo lugares até então não explorados, lugares antes tão proibidos.
Thorn sente sensações nunca experimentadas e geme de prazer a cada novo toque de Simona. Aperta com mais força o vampiro cotra si, quando sente que ele lentamente esta tirando sua blusa e toda a sua roupa. Na hora fica um pouco tímida, lembrando que não seria a primeira vez que ele a via nua, relaxou completamente e esqueceu de tudo. Fazendo o mesmo que ele começa tirando toda a roupa que cobre o vampiro, para de beijá-lo para admirar seu corpo. Sorri então, derrubando Simona para logo estar por cima dele. Embora ele fosse um vampiro, e gostasse de mandar, ser dominador, deixou que a fada continuasse fazendo o que queria. Thorn sentiu o membro viril dele entrando por entre suas entranhas, por entre seu esconderijo mais secreto. Quando a fada estava prestes a explodir de prazer., Simona fez com que trocassem de posição novamente, fazendo com que a fada ficasse por baixo dele. Enquanto continuava com seus movimentos frenéticos, encostou seus lábios no pescoço de Thorn e lentamente sugou seu sangue. Ela sem agüentar mais, se contorcia de prazer e êxtase, enquanto crava suas unhas nas costas de Simona. O corpo dos dois sofria leves tremores, até que atingiram a plenitude máxima do amor que faziam. Era como um explosão.
Devagarzinho o corpo de Thorn e de Simona foram relaxando, até que Thorn adormeceu nos braços de Simona, com um sorriso radiante no rosto.

Kiara- parte 8 por Adriano Siqueira

.Kiara - Parte 8 por Adriano Siqueira
 
Simona vê a fada rodopiar pela árvore e aumenta a velocidade deixando apenas alguns rastros de luz. Curioso ele pergunta:
-Qual a sua velocidade de vôo Thorn?
    -Acho que sou mais rápida do que um beija-flor.
    -Talvez com o tamanho pequeno pode ser. Mas quando você está do meu tamanho a sua velocidade não pode ser tão rápido.
    -Porque não tenta me alcançar.
Antes de ouvir a resposta do vampiro Simona, Thorn sai em disparada pela floresta e é seguida pelo vampiro.
Aquela parte da floresta era uma mata fechada. Poucos conseguiriam atravessá-la  ainda mais voando em alta velocidade. Porém a fada e o Vampiro sabem voar muito bem. O vampiro quase consegue alcançá-la mas alguns galhos atrapalham o seu vôo. Thorn ri vendo-o se atrapalhar nos galhos. Ela sobre acima das árvores e Simona voa quase rente ao chão até achar um caminho rápido para subir. Finalmente encontra um lugar livre para subir, mas ele se enrosca em uma rede. As suas asas ficam presas e ele não consegue controlar o vôo fazendo-o cair mais de 20 metros.
  Alguns soldados enrolam mais a rede para prender bem o vampiro. De trás de uma árvore sai uma mulher com mais dois soldados. Seu nome é Jade.
  -Então meu vampiro voltou pra casa. – Jade olha para os soldados e comanda - Levem-no para os meus aposentos.
  Bem perto dali. Thorn retorna preocupada com o sumiço de Simona.
   -Pode localizá-lo Jasmine?
   -Estou tentando mas só vejo a imagem da Jade.
   -Jade? Aqui?
   -Sim. Pelo menos é o que os sinais dizem. O castelo dela está mesmo bem próximo.
Thorn sabe que contra os guardar da jade ela não tem chance sozinha.
   -Umberto! Venha! Vou precisar de apoio terrestre.
  - Jasmine! Por favor! Fique aqui caso ele volte.
Elas se abraçam. Thorn sabe que agora é com ela.
 
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Castelo da Jade.
 
Simona acorda na cama e levanta-se rapidamente mas ao chegar na porta de saída do quarto os soldados o empurram para dentro novamente.
Jade entra vagarosamente. Ela sabe que Simona é um vampiro perigoso mas conhece-o bem.
    -Então meu Vampiro voltou!
-Eu não tive muita escolha não é?
    -Hora meu querido. Eu o encontrei sozinho. Vampiros solitários não têm dono!
    -Sem essa Jade. Eu cumpri a minha promessa com você agora não tenho mais débitos.
-Engana-se vampiro. Você esqueceu o principal. Uma aliança eterna. E agora que está aqui vai cumprir esta promessa de um jeito ou de outro ou...
-Ou o que?
-Seus amigos morrem!
Jade fecha a porta e deixa o vampiro sozinho pensando.
 
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      -Veja Umberto lá está o castelo da Jade.
      -Posso entrar pelos fundos escalando as paredes. Do jeito que conheço o vampiro ele não está no calabouço... mas sim na cama de Jade.
Thorn se Poe à frente de Umberto e diz:
     -Se ele está na cama dela é porque ele não tem escolha. Entende isso Umberto?
     -Ele é um vampiro! Se ele tiver fome ele te trai!
     -Se ele tiver fome Umberto... Eu o alimento!
Umberto abaixa a cabeça e ela lhe passa a sua idéia.
    -Eu irei voando. Posso passar pelos soldados e entro pelo telhado do castelo.
Ela abraça Umberto e os dois seguem seus caminhos.
Thorn entra pelo telhado. E vê o Simona no quarto da Jade. Ela entra sem pensar. Olha para Simona e pergunta:
-Pensei que prisioneiros facassem no calabouço.
      -Thorn! Vá embora! Aqui não é o lugar para falar. Apenas parta eu cuido de tudo.
     -Não até saber o que está acontecendo.
Jade entra no quarto e vê os dois conversando.
     -Hora mais que surpresa! A fadinha está entrando sem convite.
     -Jade... Você tem dois minutos para libertar o Simona.
     -Não antes de ele cumprir a promessa.
     -Que promessa?
Antes de Simona responder.Umberto aparece entrando pela Janela e a Jade continua a falar:
      -Ele vai ter uma aliança comigo.
      -O que? – Thorn Responde olhando para Simona.
      -Thorn eu... faz tempo isso eu não quero que ache...
      -Vai ficar aqui? Tudo bem!
Thorn pega no braço do Umberto e saem do quarto juntos. Antes de fechar a porta ela olha pra ele e diz.
       -Você tem certeza que é isso que quer?
Simona olha para o chão sem saber o que falar. Fica em silêncio. Thorn sempre sabe fazer as perguntas certas nas horas certas. Quando finalmente toma coragem para falar... ela já tinha ido embora.
Jade ri da situação e Simona adverte:
    -Você prometeu não fazer mal a eles.
     -Claro que prometi. Guardas! Tragam a cabeça deles! Agora!
Simona pega uma mesa de três metros e pula a janela.
Thorn vê que os guardas estavam armados com arcos e flechas ela atira muitas bolas de luz. Umberto se trasforma em lobisomem e pula na direção dos guardas.
Uma tropa de arqueiros, que estava na parte de cima do castelo, atira muitas flechas na direção dos dois heróis, Thorn tenta se proteger, mas antes de chegarem ao alvo. As flechas são detidas por uma enorme mesa que estava sendo segurada por Simona. Ele voa até os arqueiros e os prende com a mesa. Voando novamente para o chão.
      -Pensei que tinha gostado da cama. - Dizia Thorn.com ironia.
      -Digamos que não gosto de mulheres fáceis. Alem disso achei isso!        - -Um mapa que indica onde está o amuleto que guarda os poderes da Kiara!
      -Não vai me perguntar como consegui?
      -Eu não tenho que perguntar nada!
Quando ele chega perto do Umberto ele diz.
-Estava na cômoda do lado da cama.. eu só coloquei no bolso.
-Por quê não foi direto?
-Eu não sei... Achei que o mapa era mais importante!
     Umberto balança a cabeça negativamente e deixa Simona falando sozinho..
 
Eles conseguem derrotar a maioria dos soldados e chegam ate a saída do castelo.
Jade grita pela janela:
      -Vai voltar Simona! Eu juro que você vai voltar de joelhos pra mim.
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Mais tarde os três encontram a Jasmine. Depois de tudo explicado eles caminham pela floresta Simona passa por uma grande arvore e chama a Thorn, Ele escreve no tronco.
"Te amo. O resto... O destino responde!Pois, por ele cheguei e por ele irei." Simona!
Thorn o abraça e logo depois o empurra... e diz:

-Você não terminou a corrida.

Ela sae voando e sorrindo e o vampiro vai logo atrás rumo ao destino. Seja ele qual for.
Depois de voarem, decidiram caminhar por entre a floresta, encontrando uma cabana, pela janela viram várias almofadas coloridas pelo chão, e velas acesas. O engraçado que não tinha ninguém dentro da cabana. Os dois se entreolharam, quando Simona disse:
- Parece um lugar confortavél
Thorn ri da forma que o vampiro fica sem jeito e diz:
- Parece.
- O que acha?
- Eu até diria sim, se vc fosse mais claro Simona!
Ele olha para dentro da cabana, morde os lábios e fica alguns segundos, sem saber como dizer.
Thorn se vira e continua andando sem olhar pra trás enquanto Simona abaixa a cabeça e chuta uma pedra com toda a força. Depois se senta e coloca as mãos na cabeça e balbucia:
-Sou um vampiro. Eu tenho que ser convidado.. Não convidar! Eu... Eu não sei convidar.




continua