sexta-feira, 27 de junho de 2008

os guardiões de Kiara-parte 12- por Camila Bernardini


Jasmine e Umberto encontraram uma pequena casa, que parecia outrora ter sido de algum pescador, por tantos anzóis e varinhas de pescar dentro da casa. Decidiram dormir por ali mesmo, e na noite seguinte encontrariam Thorn e Simona.
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Thorn abriu os olhos e viu Simona ainda dormindo ao seu lado, ficou por algum tempo o admirando dormir, e pela primeira vez sentiu toda a plenitude de ser mulher. Uma intensa ternura e amor brotavam cada vez mais do seu coração por aquele vampiro. Parecia maluquice querer juntar duas naturezas tão opostas, o bem e os mal interligados. Mas quem poderá encontrar explicação para os sentimentos que surgem? E quem poderá controlá-los?
Thorn saiu do lado de fora da cabana e viu que o sol começava a se despedir do céu para dar lugar mais uma vez, ao manto negro da noite que trarias escuridão e segurança para que seu amado vampiro pudesse caminhar, e continuar em sua missão. Era assim, o eterno ciclo da vida, luz e trevas não se encontravam. Não se encontravam talvez por não terem corações, que faria tudo se tornar possível, até os sonhos mais irreais. Ela caminhou por entre os rochedos, até eu subiu em uma rocha alta, que tinha sua beira caída para o mar, naquele ponto com a correnteza forte, uma queda sendo fatal. Sentia o vento batendo em seu rosto, amava sentir a brisa tocar em sua pele, era como se o vento trouxesse energias boas para dentro de seus poros e carregasse as ruis para terras distantes. ’
Ficou por ali um bom tempo, terminando de ver o sol se pôr, quando viu que Jasmine se aproximava,parando ao lado dela. A bruxa carregava em suas mãos uma espada prateada, enfeitada com desenhos estranhos. Eram quatro símbolos: um ank, uma cruz, um cálice e algo parecido com um incenso queimando. Era a espada que Jasmine ganhará ao ser iniciada bruxa, e ter todos os seus poderes sobre completo domínio. Ela só podia ficar quatro anos com sua espada e repassá-la para alguém de confiança. Na noite anterior, antes de adormecer ela lembrou que no dia seguinte seria dia 29 de junho de 2008, dia do seu aniversário e o dia que completos quatro anos. Foi então que decidiu entregar sua espada para Thorn, que era além de uma pessoa de confiança, alguém que ela amava muito.
-Thorn, por nosso tempo de amizade e nossos laços de amizade te entrego minha espada, que agora será sua. Use a com justiça sempre!
-Mine! – era sim que Thorn a chamava carinhosamente.
A fada a abraço e ficaram assim por um longo tempo, uma sentindo o coração da outra. Corações de sincera amizade. Thorn então sorrindo falou:
-Parabéns minha bruxinha linda, dezenove anos! Está velha hein!
- Não esqueça fadinha que eu sou apenas um dia mais velha que você.
- È mesmo amanhã será minha vez de pedir aposentadoria no sindicato das fadas!
As duas riram e tornaram a se abraçar.
-Já estou ficando com ciúmes!
Era Simona que tinha desperto e como o sol já havia desaparecido, saiu em busca de Thorn.
- O que é isso em suas mãos?
- Ganhei de Jasmine!
- Quando você estiver brava me avise Thorn!
Mas riso da parte dos três. Umberto também chegava e se aproximava do grupo como sempre um pouco mais sério que os demais.
-Quando as duas irão comemorar o aniversário?
-Umberto, não sei, mas acho que amanhã, no dia trinta. Para celebrar o meu e o da Thorn.
-Sempre juntas! – Thorn deu um longo beijo na bochecha de Jasmine.
Umberto voltou a perguntar:
- Dos rochedos do costão até o castelo da prainha no máximo levaremos duas horas. Como a noite acabou de começar, nós poderíamos ir um pouco ao centro de Peruíbe.
Os quatro guardiões então se dirigiram ao centro da cidade, onde as principais movimentações e encontro das pessoas tanto que moravam na cidade como dos turistas eram as mini lojinhas de artesanato que formavam um centrinho, antes conhecida como feirinha, quando no passado em vez de lojas eram barraquinhas montadas. E mais um pouco para cima desse centrinho, a pracinha, com duas mini galerias, uma maravilhosa pastelaria, uma igrejinha. Parecia até aquelas pracinhas que encontramos muito no interior das cidades de São Paulo.
Estavam os quatro sentados em banquinhos por ali, conversando, quando alguém gritou:
-Thorn!
A fada olhou na direção da voz que a chamava e se surpreendeu:
-Phauno!
Phauno foi um homem que se aproximou de Thorn no passado, se tornando primeiro amigo dela, e aos poucos a introduzindo no mundo da magia, ensinando sobre poderes e antigas tradições que considerava como únicas e verdadeiras da magia. Quando ele a viu pela primeira vez, sentiu que a missão de Thorn na terra, seria ensinar magia das fadas para as novas escolhidas.
Thorn na época não imaginava a grandeza de seus poderes e nem que se tornaria fada. Aos poucos Phauno foi a lapidando, até brilhar seus poderes. Aos poucos Thor foi deixando de ser uma menininha de quatorze anos, para se tornar uma mulher, madura e assumir seus poderes e sua condição de fada. Ele se sentiu orgulhoso ao saber que ela tinha se tornado uma guardiã da deusa Kiara. Mas seu orgulho, logo virou sede de vingança. Quando ele pediu a Thorn que o levasse ao templo da Deusa, e ela se recusara, ficou irado e por quase três anos planejando vingança. Thorn tinha se tornado guardião junto com a Jasmine com dezesseis anos. Embora as fadas não envelhecessem, permanecendo sempre com seus corpos de meninas, elas contavam a idade, uma forma de recordar o passado, antes de entrarem nesse mundo místico.
Phauno estava feliz em reencontrá-la, pela mão do destino e sabia que agora de alguma forma se vingaria de sua ex pupila.
A fada os apresentou aos outros três guardiões, sem nem ao menos suspeitar que estivesse diante de mais um inimigo. Umberto e Simona se simpatizaram com ele. Jasmine sem saber o porquê já não tinha gostado muito dele, sentia perigo exalando daquele homem, mas no momento resolveu guardar suas intuições com ela.
Os cinco conversavam, quando Umberto percebeu que Jasmine se sentia desconfortável na presença daquele estranho amigo de Thorn. Sugeriu então que os guardiões voltassem para o Costão. Phauno porém propôs:
-Deixe eu matar a saudade de Thorn, proponho um passeio nas Ruínas, sei que é um pouco longe daqui, mas acho que irão gostar.
-Jasmine e Umberto recusaram prontamente:
-Eu vou com o Phauno, e depois encontro vocês aqui.
-Tem certeza?- Foi a vez de Simona se preocupar, era uma mistura de preocupação e ciúmes. Não gostava de saber que existiam outros homens tão próximos de sua fada.
-Tenho sim!- Simona sorriu e o beijou.
Thorn foi se despedir de seus outros amigos, quando viu a cara de seriedade de Umberto e Jasmine e sorriu. Sabia que seus amigos se preocupavam com ela, mas estavam exagerando um pouco.
Phauno estendeu o braço a fada e foram caminhando, desceram para as lojinhas do centro e depois o calçadão que os separava da praia. Thorn olhou o semblante de seu antigo mestre, ele continuava com as mesmas feições, um rosto moreno e arredondado; cabelos longos, lisos e compridos, olhos um pouco amarelados e um sorriso enigmático. Sorriso de poucos amigos. A fada sentiu um arrepio, e um sentimento de arrependimento de ter deixado os outros três guardiões brotou nela. Mas o que iria fazer? Recusar o convite á um passeio de uma pessoa que a ensinou tanto, e que a fez ser o que hoje era?
Como continuavam caminhando calados, Thorn lembrou de quando conheceu Phauno.
Estava com seu grupo de amigos em uma sexta-feira, eles combinavam de ir ao cemitério do Bela Vista e Phauno esta com eles. Chegando ao cemitério, assim que pularam o muro para o lado de dentro, Thorn afastou-se do restante do grupo e foi andar. O garoto que ela gostava tinha acabado de terminar com ela, vagueava por entre os túmulos quando decidiu sentar em um banco branco que tinha por ali, do lado uma árvore que completava o cenário sombrio. Ficou ali, por alguns instantes, sozinha, pensando na sua vida e em tantas coisas, chorou baixinho. Foi então que escutou:
-Obrigada por ter voltado.
Olhou e viu que era Phauno.
-Voltado de onde?
-Na hora certa você vai saber.
Thorn sempre fora curiosa, mas sabia que as respostas viriam sempre na hora certa. Os dois mudaram de assunto, falando sobre coisas diversas, até entrarem no assunto magia, onde Phauno considerava que a magia dos guardiões era a única verdadeira.
Phauno ao ver Thorn, pela primeira vez percebeu que a menina possuía muitos poderes, e teve uma visão de uma vida passada, quando ele era um dos que guardavam o maior segredo de Kiara, isso datava em um ano de 1545, e tinha sido em sua primeira encarnação na Terra. Na mesma hora soube que sua missão seria encaminhar Thorn para o conhecimento do oculto.
Aos poucos os dois começaram a se encontrar, e com sutileza ele foi ensinando os mistérios da magia a sua discípula, que absorvia tudo com interesse. Ele não se enganara, ela era uma fonte viva de sede de conhecimento, alunos assim sempre eram os melhores, pois aprendiam rápido. Foi com orgulho que viu os poderes de Thorns aos poucos irem se desenvolvendo e por fim se iniciando ma magia das fadas. Ela então sabia que teria que renunciar as coisas que viveu na sua vida humana , para se tornar fada, protegendo outros seres de sua espécie.
Thorn ficou feliz pão receber o convite de ser uma das quatro guardiãs maiores de Kiara, embora tivesse medo do tamanho da responsabilidade que seria. Mas como sempre adorou desafios, aceitou sua nova missão. O que os outros guardiões não sabiam era que ela junto de Kiara, guardava um segredo que poderia mudar todo o processo das coisas do universo. Era um segredo que talvez ajudassem os seres místicos que cada vez mais iam perdendo seu espaço entre a terra, pelo ser humano que devastava a natureza e tudo que encontrassem ao seu redor. Um segredo poderosos, que caído em mãos erradas poderia ser usado para o mal.
O que a fada não sabia era que Phauno também possuiu esse conhecimento no passado, mas traiu a confiança de Kiara, sendo expulso do antigo templo dela e sendo proibido de lá voltar. Claro, que muitas reencarnações aconteceram depois disso, mas ele sempre com seus poderes bem desenvolvidos recordava o passado,e tinha sede de vingança. Sempre quis vingar-se de Kiara, nunca porém achou forma de invadir seu templo. Sabia que além dos quatro guardiões principais que eram Umberto, Thorns, Simona e jasmine, havia muitos outros e feitiços que a protegiam de quem quisesse se aproximar para prejudicá-la. Por isso ficou feliz e orgulhoso quando soube que Thorn se tornou guardiã, logo se decpcionando pela discípula ter negado a ele o pedido de levá-lo até Kiara. O que mais ele contava com a sorte, era que Thorn não recordava de suas vidas passadas, não se lembrava do que exatamente havia ocorrido no passado.
-Você esta em silêncio? No que esta pensando? – Era Phauno que perguntava.
-No passado em como nos conhecemos, até hoje você não me explicou a frase que agradecia por eu ter voltado.
- Quer que eu te explique?
-Sim!
....continu

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Kiara- parte 11 por Adriano Siqueira


Kiara Parte 11 – Por Adriano Siqueira



Faltava uma hora para anoitecer.

Jasmine e Umberto esperavam na beira da praia a chegada de Thorn e Simona.

Enquanto isso, Umberto conversava com a Jasmine sobre as suas aventuras.

- ... Então eu Mordi a vampira! – Declarou Umberto todo empolgado.

- Que curioso Umberto e a vampira não se transformou num lobisomem?

- Isso eu não sei Jasmine. Pois eu fugi antes que ela acordasse!

- Isso é incrível!

- Agora é a sua vez!

- Minha vez? Dê que?

- De me contar uma história! Me conte como conheceu a Thorn!

- Ah Umberto! Isto sim é uma linda história.

- Pois sou todo ouvidos.

- Bem... Tudo começou com....



Thorn e Jasmine – A primeira história.



Em um vilarejo perto da cidade de Ouro Preto. Os homens participavam de um torneiro curiosos. Eles caçavam as fadas da floresta. O vencedor era quem pegava mais fadas.

Todos os homens deste vilarejo participavam deste torneio, que era anual. As fadas eram pequenas e podiam caçar apenas com a mesma pequena rede que usavam para capturar borboletas.

As fadas eram espertas e voavam muito rápido. Mesmo assim os homens conseguiam capturar muitas fadas.

Elas não tinham como se defender. As bolas de luz que elas jogavam nos homens não os intimidavam.

Thorn estava entre elas. Tentava protegê-las dos ataques dos homens. Lutava como podia para salvar as suas amigas. Conseguiu até abrir um cesto onde prendiam as fadas e isso irritou muito aqueles homens.

A coragem de Thorn surpreendia as outras fadas mas, mesmo lutando com bravura ela e algumas amigas suas foram capturadas.

Os homens levaram as fadas presas para o vilarejo para que o juiz contassem as fadas capturadas para ver qual caçador era o vencedor.

Quando os homens estavam gritando e torcendo para vencer uma mulher de cabelos negros e lisos que vestia uma roupa preta passava pelo vilarejo e ficou curiosa sobre o que estava acontecendo.

Quando ela viu que os homens riam e festejavam por prenderem as fadas ela decidiu agir.

Pegou algumas sementes de sua bolsa e soprou. Uma ventania surgiu e os homens se afastaram.

Ela chegou perto dos cestos e abriu todos, assim as fadas poderiam fugir e os homens ficaram furiosos.

Thorn guio as fadas para a floresta e assim que todas as suas amigas estavam salvas ela voltou para o vilarejo para reencontrar aquela mulher.

Assim que a encontrou, elas se apresentaram A mulher de preto se chama Jasmine e então começaram a conversar sobre a difícil vida de uma fada e a luta que elas tem anualmente por causa deste torneio.

A Jasmine era uma bruxa experiente e com a ajuda de alguns encantamentos deu alguns poderes para a Thorn.

Thorn podia agora, crescer até ficar do tamanho de um mulher. E Jasmine conseguiu fornecer energia suficiente para ela transformar as suas pequenas bolas de energias em luz sólida.

Agora ela poderia lutar com os homens do vilarejo e proteger as suas amigas.

Thorn agradeceu a ajuda da Jasmine e se abraçaram e ficaram horas passeando pela floresta.

A fada deu para Jasmine muitas plantas raras que iria ajudar a criar novos feitiços.

Depois de um longo tempo a Jasmine finalmente se despediu da fada e seguiu o seu caminho.

Thorn não conseguia mais esquecer aquela mulher. A Jasmine foi muito prestativa e seus pensamentos sobre ela eram de carinho e amizade. Estava tão feliz por encontrar uma mulher como a Jasmine que tomou uma dura decisão. Ela resolveu partir daquela floresta e procurá-la para acompanhar em suas viagens.

Foi uma decisão difícil mas ela sabia o que queria. Despediu-se das suas amigas fadas e seguiu seu caminho em busca da Jasmine.

A fada voou quilômetros até que em um outro vilarejo, ela viu um certo tumulto de homens e isso chamou a atenção da fada. Ela então creceu de tamanho e escondeu as suas asas com uma blusa que ela havia pegado de um varal.

Os homens estavam rindo e alguns diziam que finalmente a bruxa iria pagar por tudo que fez.

Thorn ficou preocupada e as poucos ela foi se adentrando a multidão.

Finalmente viu a sua amiga Jasmine amarrada em um tronco de arvore e os homens colocando gravetos em volta para colocar fogo.

Desesperada Thorn chamou por Jasmine e ela gritou para que a Thorn corresse de lá.

Os homens perceberam que havia algo errado com aquela mulher e tiraram a sua blusa mostrando as asas de fada.

Muitos ficaram impressionados pois nunca viram uma fada daquele tamanho. Isso despertou a curiosidade de outros homens mais afoitos.

Thorn correu e pegou uma das tochas e os ameaçou para que eles se afastassem. Porém eles estavam armados com garruchas e espingardas.

Jasmine gritou para que a Thorn usasse os seus poderes.

Ela se concentrou e uma bola de luz se formou a sua frente com a sua forma mental ela lançou a bola que destruiu as armas.

Thorn correu para Jasmine. Arrebentou as cordas, pegou a sua bolsa cheia de plantas raras, entregou para jasmine e correram para fora do vilarejo.

Um dos homens, que estava dentro de uma das casas, saiu atirando e a bala passou de raspão no braço de Thorn. Isso a deixou enlouquecida. Começou a jogar as suas bolas de energia nas casas e no poço aonde os homens pegavam a água. Jasmine pediu para que tivesse calma até que finalmente a Thorn se acalmou.

As duas mulheres saíram daquele vilarejo e seguiram juntas e assim estão até hoje.



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- Gostei mito da história Jasmine.

- Pois é Umberto. Eu disse que era uma linda história.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Kiara parte 10- por Camila Bernardini


Kiara- parte 10


Umberto e Jasmine tinham voltado todo o percusso do rochedo, indo assim caminhar pela praia do Costão. Foram andando até a divida das prais do Costão e a da cidade, onde o que as dividiam era o Rio Preto, que o fim de seu curso desembanhava-se no ma. O mais curioso era que as águas salgadas e doces não se misturavam.
Jasmine sentou sobre a areia, enquanto Umberto subiu por entre a spedras que completavam o cenário do rio junto ao mar. Ele ficou com os pensamentos longe, distantes e vagos. Nem percebeu quando a canção começou, vinda das profundezas das águas.
-Nereidas!- Jasmine exclamou
-O que?
-Você não esta ouvindo?
Só assim, Umberto prestou atenção na melodia, quem quer que fosse que cantava, tinha a voz mais bela e doce que ele já ouvira. Ficou hipnotizado, encantado pela música que ouvia. Imaginou quem estaria cantando, se a dona da bela voz seria uma mulher tão bela quanto. Aproximava-se cada vez mais do rio, e sem pensar atirou-se nas águas.
-Umberto?
Jasmine desesperou-se ao ver seu amigo se jogando para dentro do riu, pior ficou quando o viu tentando nadar contra a correnteza, que ali era forte, justamente pelo quase encontro d'água. Ela sabia que se não o ajudasse logo, ele enfeitiçado pelo canto da nereida, desistiria de tentar nadar, afundando-se para sempre nas profundezas do rio.
Nereidas eram ondinas que viviam nas águas do mar, popularmente conhecidas como sereias, que na maioria de suas vezes eram mulheres sedutoramente belas, com seus corpos metade peixe, metade melhor. Elas sempre atraíam os homens que viam causando neles loucura ou até mesmo a morte.
Jasmine sabia que precisava de algo que pudesse voar, para alcançar e salvar Umberto. Fechou os olhos desejando que Thorn e Simona estivessem ali, mas não estavam e teria que se virar sozinha. Pensando nisso, lembrou uma vez no templo de Kiara, ela tinha visto um cavalo branco, com um enorme chifre na testa, e asas saindo de suas costas. Um unicórnio. Kiara á ensinará como invocá-los. Lembrou também que eles só viriam ao seu encontro, se o pedido fosse realmente dotado de um sentimento de muita pureza.
Ela esforçou-se para que tudo desse certo, fechou seu olhos, mentalizando um unicórnio e repetindo as palavras mágicas que os traria. Palavras que Kiara, alertou para que ninguém mais soubesse, pois usadas de forma errada, poderiam invocar seres de natureza demoníacas.
Jasmine sentiu um leve vento começar a vir em sua direção, seus cabelos longos e negros começavam a balançar, como brincando com a brisa. Abriu seus olhos e na sua frente, estava o unicórnio. Imediatamente pediu que ele a ajudasse a salvar Umberto
O Unicórnio inclinou suas patas para baixo, indicando com a cabeça suas costas. Jasmine entendeu o significado e montou em suas costas. Os dois voaram em direção onde Umberto ainda se debatia, tentando lutar contra a correnteza e com a sua mente que pedia que ele parasse de nadar e fosse logo ao encontro da mais bela voz.
-Pegue na minha mão agora
Ele olhou para cima e viu Jasmine em um cavalo com chifre e com asas, nem questionou, a cada hora que passava percebia que existia muito mais seres mistícos do que pensava. Pegou na mão de sua amiga, até conseguir apoiar a outra no unicórnio. Aos poucos foram subindo metros para cima, até Umberto estar completamente fora d'agua e longe dos cantos da nereida.
Há uma distância segura Jasmine disse:
- Pode nos colocar no chão.
O unicórnio desceu lentamente até pousar as patas no chão. Esperou que os dois guardiões descessem de suas costas, olhou fundo nos olhos da jovem bruxa e voou, desaparecendo da vista dos dois.
- Devia ter me dito sereias!
- È a mesma coisa que nereidas
- Tá bom bruxinha salvadora
Jasmine sorriu, sentia-se imensamente feliz por ter salvo Umberto, e ter a certeza de que a amizade deles era mesmo pura, pois só assim, o unicórnio atendeu o seu pedido.

Kiara parte 9- por Camila Bernardini


Kiara- parte nove- por Camila Bernardini


Thorn encontrou mais a frente Umberto e Jasmine, ela estava com um sorriso nos lábios. Achava engraçado Simona ser um vampiro, e mesmo assim ser tão tímido e tão inseguro. As vezes achava que ele fazia isso, para conquistá-la mais, só que com o tempo percebeu que ele era daquele jeito mesmo.
-Thorn, Simona deixou o mapa conosco, antes de vocês saírem voando por aí.- disse Jasmine
-Descobriram alguma coisa?
-Umberto. Disse que se parece, com as ruínas do castelo da prainha!
- Isso é bom, porque poderemos ir pelos rochedos do costão mesmo. Sairemos lá!
-Teremos que fazer isso, amanhã á noite, logo vai amanhecer e temos que encontrar um abrigo.
Thorn pensa por um momento, decidi voltar onde Simona estava e sugerir que dormissem na cabana. Ficou olhando para os amigos, pensando no que falaria a eles. Jasmine quase adivinhando disse:
- Eu e o Umberto iremos andar um pouco mais pela praia, já que não temos problemas com a luz do dia. Depois arrumaremos um lugar para dormir. Amanhã a noite nos encontraremos aqui certo?
-Certo!
Thorn sorriu, abraçou a amiga e foi de encontro ao Simona. Ele continuava no mesmo lugar em que havia sentado. Ela o olha sem dizer nada, e o beija.

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Simona sem precisar dizer nada, pega sua fadinha pelas mãos e a leva para dentro da cabana. Olha em seus olhos e sorri, assim seria mais fácil, sem convites, apenas acontecendo naturalmente. Thorn retribui o sorriso e o beija novamente. Ele delicadamente a pega no colo e a deita por entre as almofadas, e fica assim a olhando, sem saber muito bem qual o próximo passo. Até que Thorn com as mão o chama, ele deita sobre ela e a beija, enquanto suas mão escorregam passeando pelo corpo dela, conhecendo lugares até então não explorados, lugares antes tão proibidos.
Thorn sente sensações nunca experimentadas e geme de prazer a cada novo toque de Simona. Aperta com mais força o vampiro cotra si, quando sente que ele lentamente esta tirando sua blusa e toda a sua roupa. Na hora fica um pouco tímida, lembrando que não seria a primeira vez que ele a via nua, relaxou completamente e esqueceu de tudo. Fazendo o mesmo que ele começa tirando toda a roupa que cobre o vampiro, para de beijá-lo para admirar seu corpo. Sorri então, derrubando Simona para logo estar por cima dele. Embora ele fosse um vampiro, e gostasse de mandar, ser dominador, deixou que a fada continuasse fazendo o que queria. Thorn sentiu o membro viril dele entrando por entre suas entranhas, por entre seu esconderijo mais secreto. Quando a fada estava prestes a explodir de prazer., Simona fez com que trocassem de posição novamente, fazendo com que a fada ficasse por baixo dele. Enquanto continuava com seus movimentos frenéticos, encostou seus lábios no pescoço de Thorn e lentamente sugou seu sangue. Ela sem agüentar mais, se contorcia de prazer e êxtase, enquanto crava suas unhas nas costas de Simona. O corpo dos dois sofria leves tremores, até que atingiram a plenitude máxima do amor que faziam. Era como um explosão.
Devagarzinho o corpo de Thorn e de Simona foram relaxando, até que Thorn adormeceu nos braços de Simona, com um sorriso radiante no rosto.

Kiara- parte 8 por Adriano Siqueira

.Kiara - Parte 8 por Adriano Siqueira
 
Simona vê a fada rodopiar pela árvore e aumenta a velocidade deixando apenas alguns rastros de luz. Curioso ele pergunta:
-Qual a sua velocidade de vôo Thorn?
    -Acho que sou mais rápida do que um beija-flor.
    -Talvez com o tamanho pequeno pode ser. Mas quando você está do meu tamanho a sua velocidade não pode ser tão rápido.
    -Porque não tenta me alcançar.
Antes de ouvir a resposta do vampiro Simona, Thorn sai em disparada pela floresta e é seguida pelo vampiro.
Aquela parte da floresta era uma mata fechada. Poucos conseguiriam atravessá-la  ainda mais voando em alta velocidade. Porém a fada e o Vampiro sabem voar muito bem. O vampiro quase consegue alcançá-la mas alguns galhos atrapalham o seu vôo. Thorn ri vendo-o se atrapalhar nos galhos. Ela sobre acima das árvores e Simona voa quase rente ao chão até achar um caminho rápido para subir. Finalmente encontra um lugar livre para subir, mas ele se enrosca em uma rede. As suas asas ficam presas e ele não consegue controlar o vôo fazendo-o cair mais de 20 metros.
  Alguns soldados enrolam mais a rede para prender bem o vampiro. De trás de uma árvore sai uma mulher com mais dois soldados. Seu nome é Jade.
  -Então meu vampiro voltou pra casa. – Jade olha para os soldados e comanda - Levem-no para os meus aposentos.
  Bem perto dali. Thorn retorna preocupada com o sumiço de Simona.
   -Pode localizá-lo Jasmine?
   -Estou tentando mas só vejo a imagem da Jade.
   -Jade? Aqui?
   -Sim. Pelo menos é o que os sinais dizem. O castelo dela está mesmo bem próximo.
Thorn sabe que contra os guardar da jade ela não tem chance sozinha.
   -Umberto! Venha! Vou precisar de apoio terrestre.
  - Jasmine! Por favor! Fique aqui caso ele volte.
Elas se abraçam. Thorn sabe que agora é com ela.
 
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Castelo da Jade.
 
Simona acorda na cama e levanta-se rapidamente mas ao chegar na porta de saída do quarto os soldados o empurram para dentro novamente.
Jade entra vagarosamente. Ela sabe que Simona é um vampiro perigoso mas conhece-o bem.
    -Então meu Vampiro voltou!
-Eu não tive muita escolha não é?
    -Hora meu querido. Eu o encontrei sozinho. Vampiros solitários não têm dono!
    -Sem essa Jade. Eu cumpri a minha promessa com você agora não tenho mais débitos.
-Engana-se vampiro. Você esqueceu o principal. Uma aliança eterna. E agora que está aqui vai cumprir esta promessa de um jeito ou de outro ou...
-Ou o que?
-Seus amigos morrem!
Jade fecha a porta e deixa o vampiro sozinho pensando.
 
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      -Veja Umberto lá está o castelo da Jade.
      -Posso entrar pelos fundos escalando as paredes. Do jeito que conheço o vampiro ele não está no calabouço... mas sim na cama de Jade.
Thorn se Poe à frente de Umberto e diz:
     -Se ele está na cama dela é porque ele não tem escolha. Entende isso Umberto?
     -Ele é um vampiro! Se ele tiver fome ele te trai!
     -Se ele tiver fome Umberto... Eu o alimento!
Umberto abaixa a cabeça e ela lhe passa a sua idéia.
    -Eu irei voando. Posso passar pelos soldados e entro pelo telhado do castelo.
Ela abraça Umberto e os dois seguem seus caminhos.
Thorn entra pelo telhado. E vê o Simona no quarto da Jade. Ela entra sem pensar. Olha para Simona e pergunta:
-Pensei que prisioneiros facassem no calabouço.
      -Thorn! Vá embora! Aqui não é o lugar para falar. Apenas parta eu cuido de tudo.
     -Não até saber o que está acontecendo.
Jade entra no quarto e vê os dois conversando.
     -Hora mais que surpresa! A fadinha está entrando sem convite.
     -Jade... Você tem dois minutos para libertar o Simona.
     -Não antes de ele cumprir a promessa.
     -Que promessa?
Antes de Simona responder.Umberto aparece entrando pela Janela e a Jade continua a falar:
      -Ele vai ter uma aliança comigo.
      -O que? – Thorn Responde olhando para Simona.
      -Thorn eu... faz tempo isso eu não quero que ache...
      -Vai ficar aqui? Tudo bem!
Thorn pega no braço do Umberto e saem do quarto juntos. Antes de fechar a porta ela olha pra ele e diz.
       -Você tem certeza que é isso que quer?
Simona olha para o chão sem saber o que falar. Fica em silêncio. Thorn sempre sabe fazer as perguntas certas nas horas certas. Quando finalmente toma coragem para falar... ela já tinha ido embora.
Jade ri da situação e Simona adverte:
    -Você prometeu não fazer mal a eles.
     -Claro que prometi. Guardas! Tragam a cabeça deles! Agora!
Simona pega uma mesa de três metros e pula a janela.
Thorn vê que os guardas estavam armados com arcos e flechas ela atira muitas bolas de luz. Umberto se trasforma em lobisomem e pula na direção dos guardas.
Uma tropa de arqueiros, que estava na parte de cima do castelo, atira muitas flechas na direção dos dois heróis, Thorn tenta se proteger, mas antes de chegarem ao alvo. As flechas são detidas por uma enorme mesa que estava sendo segurada por Simona. Ele voa até os arqueiros e os prende com a mesa. Voando novamente para o chão.
      -Pensei que tinha gostado da cama. - Dizia Thorn.com ironia.
      -Digamos que não gosto de mulheres fáceis. Alem disso achei isso!        - -Um mapa que indica onde está o amuleto que guarda os poderes da Kiara!
      -Não vai me perguntar como consegui?
      -Eu não tenho que perguntar nada!
Quando ele chega perto do Umberto ele diz.
-Estava na cômoda do lado da cama.. eu só coloquei no bolso.
-Por quê não foi direto?
-Eu não sei... Achei que o mapa era mais importante!
     Umberto balança a cabeça negativamente e deixa Simona falando sozinho..
 
Eles conseguem derrotar a maioria dos soldados e chegam ate a saída do castelo.
Jade grita pela janela:
      -Vai voltar Simona! Eu juro que você vai voltar de joelhos pra mim.
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Mais tarde os três encontram a Jasmine. Depois de tudo explicado eles caminham pela floresta Simona passa por uma grande arvore e chama a Thorn, Ele escreve no tronco.
"Te amo. O resto... O destino responde!Pois, por ele cheguei e por ele irei." Simona!
Thorn o abraça e logo depois o empurra... e diz:

-Você não terminou a corrida.

Ela sae voando e sorrindo e o vampiro vai logo atrás rumo ao destino. Seja ele qual for.
Depois de voarem, decidiram caminhar por entre a floresta, encontrando uma cabana, pela janela viram várias almofadas coloridas pelo chão, e velas acesas. O engraçado que não tinha ninguém dentro da cabana. Os dois se entreolharam, quando Simona disse:
- Parece um lugar confortavél
Thorn ri da forma que o vampiro fica sem jeito e diz:
- Parece.
- O que acha?
- Eu até diria sim, se vc fosse mais claro Simona!
Ele olha para dentro da cabana, morde os lábios e fica alguns segundos, sem saber como dizer.
Thorn se vira e continua andando sem olhar pra trás enquanto Simona abaixa a cabeça e chuta uma pedra com toda a força. Depois se senta e coloca as mãos na cabeça e balbucia:
-Sou um vampiro. Eu tenho que ser convidado.. Não convidar! Eu... Eu não sei convidar.




continua